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Fora da TV desde 2019, Kadu Moliterno vai à Justiça contra a Globo; saiba motivo

REPRODUÇÃO/RECORD

Kadu Moliterno em Topíssima (2019), da Record:

Kadu Moliterno em Topíssima (2019), da Record: fora da TV, ator entra na Justiça contra a Globo

GABRIEL VAQUER, colunista

vaquer@noticiasdatv.com

Publicado em 2/4/2023 - 9h00

Fora da televisão desde 2019, quando fez um papel de destaque na novela Topíssima, da Record, o ator Kadu Moliterno entrou com uma ação na Justiça do Trabalho contra a Globo. O veterano de 70 anos pede o reconhecimento de vínculo empregatício com a emissora enquanto era contratado como PJ (Pessoa Jurídica), sem carteira assinada. Moliterno não trabalha mais na líder de audiência desde 2015.

O Notícias da TV teve acesso à ação, que corre desde o último dia 22. No primeiro despacho, a Justiça determinou que a Globo seja notificada e uma audiência de conciliação entre as partes seja marcada. Não há previsão de quando ela irá acontecer. 

A coluna tentou contato com a advogada que representa Kadu Moliterno na Justiça cinco vezes por telefone e também por e-mail desde a última quinta (30). Por e-mail, a representante disse que o seu cliente não tem nada a declarar. A Globo não comenta casos judiciais em andamento.

Diferentemente de outras ações parecidas, Kadu Moliterno não pede uma alta quantia inicialmente. O valor da causa é de R$ 1.000, apenas para cobrir despesas fiscais. Mas isso também é uma estratégia da defesa do ator.

O advogado trabalhista Fernando Dutra Ferreira foi consultado pela coluna para explicar o motivo:

O ator pede apenas o registro em carteira do local de trabalho onde prestou serviços como pessoa jurídica. Não há prescrição nessa situação. Mas ele tem poucos direitos. A empresa pode ser obrigada a pagar verbas de rescisões na anotação da carteira, o que não é previsto judicialmente. A conta é feita pela empresa, se condenada. Isso explica o valor baixo.

"O requerente, no entanto, não pode solicitar o reconhecimento de horas extras ou pedir dano moral. O período para isso já prescreveu. Agora, o trabalhador tem prazo máximo de dois anos para entrar com ação com esses pedidos e só pode pedir indenizações no prazo de cinco anos. Casos anteriores podem ser usados apenas para contextualizar o processo", complementa. 

Kadu Moliterno não é o primeiro ator que entra com um processo judicial contra a Globo. Carolina Ferraz e Maitê Proença, assim que foram desligadas da emissora, entraram com ações com o mesmo pedido --reconhecimento de direitos trabalhistas. Também há autores que foram à Justiça, como Euclydes Marinho, que escreveu novelas e séries durante quatro décadas. 

Kadu Moliterno saiu da Globo em 2015

Kadu Moliterno não faz um papel na Globo desde uma participação de três meses em Alto Astral (2015). Sua última novela completa foi a temporada 2011 de Malhação (1995-2020). Na Globo, ele ficou marcado pelo papel de Juba na série Armação Ilimitada (1985-1988). Também fez novelas como o remake de Anjo Mau (1997).

Entre 2016 e 2019, Kadu Moliterno só fez novelas na Record, como A Terra Prometida (2016) e Belaventura (2017). Topíssima (2019) foi seu último trabalho. Após o período, ele foi dispensado e perdeu seu contrato fixo com a TV de Edir Macedo. 

Moliterno tem dado entrevistas pedindo uma chance para retornar à televisão. No ano passado, ele revelou que tentou voltar à Globo no remake de Pantanal (2022), e que chegou a ligar para o autor Bruno Luperi e para a equipe de produção da trama na tentativa de conseguir um papel. Mesmo com a insistência, ele não conseguiu uma chance.

"Pantanal tinha personagem para mim. Há muito tempo, quando soube que ia rolar, andei ligando para o autor e o diretor para me colocar à disposição. Sinto que eles pegaram o pessoal que já está lá dentro", afirmou Moliterno ao UOL recentemente. 


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