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UMA VIDA, UM SONHO

Entenda por que reality esportivo do SBT está na 'geladeira' há mais de um ano

REPRODUÇÃO/INSTAGRAM

Aline Riscado e Luigi Baricelli sorrindo, um ao lado do outro

Aline Riscado e Luigi Baricelli vão apresentar o Uma Vida, Um Sonho, reality do SBT que está "na geladeira"

RICARDO MAGATTI

ricardo@noticiasdatv.com

Publicado em 18/4/2021 - 7h10

Anunciado pelo SBT em novembro de 2019, o reality esportivo Uma Vida, Um Sonho foi uma das produções mais impactadas pela pandemia de Covid-19. Um ano e cinco meses depois do anúncio, o programa já sofreu dois adiamentos e ainda não tem uma data de estreia definida. Isso porque o seu formato não permite interrupções. Desta maneira, não houve outra alternativa senão deixar a atração "na geladeira".

O reality estrearia no primeiro semestre do ano passado, mas foi adiado com o surgimento da pandemia. Depois, chegou-se a marcar a estreia para 24 de janeiro deste ano. Porém, a crise sanitária se agravou e o programa, que contará com 22 atletas que sonham em seguir carreira no futebol, continua sem ter um data estipulada.

Mas por que vários outros realities e programas, inclusive do SBT, estão sendo exibidos, gravados ou ao vivo, mesmo em meio à pandemia, e o Uma Vida, Um Sonho não pode retomar as gravações? A resposta está atrelada ao formato da atração. 

"Se tivéssemos começado o programa em março, teríamos que ter parado. Parar antes de começar não é trágico, mas se começar e parar perdemos tudo. Teríamos que fazer uma nova seletiva com atletas diferentes", explica Leonardo Ferraz, CEO da LCA Entertainments & Sports, empresa responsável pelo programa, em entrevista ao Notícias da TV.

"Tivemos que adiar e deixamos em stand by. Até tínhamos a intenção de começar em março aqui no Rio de Janeiro, mas a cidade está com esse abre e fecha das atividades por causa da pandemia", acrescenta o empresário. "O problema não é começar o programa. É saber se eu vou poder terminá-lo sem interrupção."

O programa seria gravado no Centro de Treinamento João Havelange, no Rio de Janeiro, mas agora será realizado no CT Saferj (Sindicato dos Atletas de Futebol do Estado do Rio de Janeiro). Toda semana, haverá um amistoso contra uma equipe de base do futebol brasileiro --Vasco, Cruzeiro e Boavista já aceitaram o convite. A ideia era que os jogos já tivessem acontecido, mas as medidas restritivas que impediram a prática de eventos esportivos na capital fluminense atrapalharam os planos da LCA.

"Se fosse só confinar os 22 atletas, eu poderia ter feito o programa já. Mas o problema é que uma vez por semana tem amistoso contra equipes convidadas. Haverá, por exemplo, um jogo contra o Vasco na sexta para abrir a votação para o público escolher quem sai e quem fica. E se numa dessa, um dos jogadores do Vasco leva a Covid-19?", questiona Ferraz.

Outro questão que travou as gravações é a impossibilidade da presença de um analista de desempenho de um grande clube da Inglaterra, cujo nome não foi revelado, para acompanhar a disputa. O profissional já deveria estar no Brasil, mas, diante do caos sanitário no país, é impossível que a equipe europeia, que dará uma oportunidade para o grande campeão jogar na Velho Continente, o libere neste momento.

"Havendo uma melhora, nas próximas semanas, eles já aceitariam mandar alguém para cá", projeta Ferraz. Em um cenário otimista, com redução no número de casos e mortes pela Covid-19, a perspectiva, segundo ele, é de que as gravações aconteçam em maio, e o reality finalmente estreie em junho.

"Esperamos seguir esse cronograma. Quando voltarmos vamos fazer a produção que falta, que é a cenografia", conta o idealizador do projeto. 

Dinâmica do reality

Foram selecionados 22 jogadores, entre 18 e 20 anos, para a disputa, mais 22 suplentes, sendo dois atletas reservas para cada posição em caso de lesão ou outro problema que afaste o participante, como infecção por Covid-19. 

Os treinadores, um de cada time, escolhem quem é o pior de cada time a cada semana. O público define quem sai e quem fica. As votações começam às sextas e terminam sempre aos domingos, ao vivo, quando o apresentador anuncia o resultado. Haverá pílulas diárias na internet e na televisão. 

REPRODUÇÃO/INSTAGRAM

Treinadores Joel Santana e René Simões 

"Saem dois da disputa pelo prêmio final a cada semana, mas eles continuam no programa treinando e fazendo amistosos. Nós temos prêmios que clubes do Brasil e um de fora também darão. Serão premiações surpresas. E haverá uma repescagem surpresa na metade do reality", detalha Ferraz.

Ele afirma que toda a equipe anunciada previamente está mantida. Isto é, Luigi Baricelli e Aline Riscado seguem como apresentadores da atração, e Joel Santana e René Simões permanecem como os treinadores que vão comandar os dois times. Inicialmente, Glenda Kozlowski seria a âncora do projeto, mas ela teve passagem relâmpago pelo SBT e foi para a Band.

"Se surgir alguma coisa para os profissionais, não podemos impedir. Mas todos têm contrato e cachê, inclusive os atletas. A gente não pensa em mudança para o reality", ressalta.


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