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INSATISFAÇÃO

Demissão na Globo: Michelle Barros saiu após se dar mal em dança das cadeiras

REPRODUÇÃO/TV GLOBO

Michelle Barros usa roupa laranja enquanto apresenta o SP1 na Globo

Substituta no SP1 e no SP2, Michelle Barros saiu da Globo sem um telejornal para chamar de seu

VINÍCIUS ANDRADE e GABRIEL VAQUER

vinicius@noticiasdatv.com

Publicado em 13/5/2022 - 6h30

Principal âncora substituta da Globo em São Paulo, Michelle Barros pediu demissão na quinta-feira (12). A saída da apresentadora de 42 anos aconteceu duas semanas depois de a empresa preferir colocar José Roberto Burnier, que estava na GloboNews, como titular do SP2 no lugar do dispensado Carlos Tramontina. Insatisfeita por não ter recebido reconhecimento mais uma vez, ela achou melhor encerrar seu vínculo.

O Notícias da TV apurou que Michelle passou a se sentir em segundo plano, sem chance de evoluir mais do que já havia conseguido ao longo de seus 12 anos de Globo. A decisão da jornalista é explicada a partir das decisões tomadas pela direção da emissora recentemente.

Michelle era âncora substituta havia sete anos e, durante a pandemia, tinha se tornado um nome ainda mais frequente nas escalas de feriado, fim de semana e nas férias dos titulares, comandando diferentes telejornais apresentados a partir da Redação da Globo em São Paulo.

Nesse período, César Tralli saiu do SP1 para assumir o Jornal Hoje; Alan Severiano, que tinha se tornado âncora substituto havia menos tempo, ficou com o telejornal local da hora do almoço. No mês passado, Carlos Tramontina foi dispensado pela Globo, e a emissora preferiu tirar Burnier da TV paga para o posto.

Além disso, o grupo passou por diversas danças das cadeiras recentemente, com mudanças no É de Casa e na GloboNews, mas Michelle não mudou seu status dentro da empresa. A Globo não se manifestou sobre a demissão da jornalista.

Em seu texto de despedida, publicado no Instagram, a apresentadora substituta escreveu que aprendeu como repórter na rua durante 12 anos, mas "sabia o que queria":

A rua me deu casca, talento para improvisar, habilidade em passar de um tema para outro rapidamente, deu-me sensibilidade, empatia, ajudou-me a amadurecer. Mas eu sabia o que queria. Há sete anos, passei a substituir os apresentadores nos telejornais de São Paulo. Estive em todas as bancadas de Sampa. Aprendi com um time de primeira, inspirei-me, evoluí! Vocês me deixaram à vontade para opinar, ser dura quando tem que ser, ser sorridente quando o momento pede --tal qual a vida.

Na publicação feita por Michelle, o comentário de uma ex-colega de Globo chamou a atenção. Veruska Donato, que pediu demissão em novembro do ano passado, escreveu: "A Globo é uma escola, mas ela nos empurra para fora. Isso não é pra você, você merece mais, muito mais. A Globo perde" --Veruska deixou de ser repórter na Globo SP para trabalhar como apresentadora na TVMS, afiliada da Record no Mato Grosso do Sul.

Carnaval desfalcado

O único programa que Michelle podia chamar de seu na Globo era a transmissão do Carnaval da Globo em São Paulo, que ela passou a dividir com Chico Pinheiro em 2020, depois da saída de Monalisa Perrone para a CNN Brasil. Michelle fazia os desfiles com Pinheiro e a apuração com Tramontina, ambos dispensados em abril --ou seja, a folia no Sambódromo do Anhembi precisará passar por uma reformulação completa em 2023.

A âncora que pediu demissão explicou que sentia há tempos ter encerrado um ciclo na carreira. "Estive à frente das duas últimas transmissões do Carnaval de São Paulo. Na deste ano, fiquei no ar por quase 10 horas na noite 1 e por volta de 8 horas na seguinte. Saboreei cada minuto, sorri, abracei, festejei! Quero mais disso: jornalismo com entretenimento, leve, conversado, pra você, com você. Faz tempo já que sinto que fechei um ciclo", escreveu.

Fora da Globo, Michelle vai finalizar a faculdade de Direito e trabalhar na web. "Vou me dedicar às redes sociais, falar de comunicação com vocês por lá, pelo YouTube, pelo Instagram, vou fazer eventos, encontros, jornadas. Vou concluir a minha graduação em Direito no fim do ano e devo incluir esse conteúdo --de direito autoral nas redes sociais e direito digital-- nas nossas pautas na internet."

Veja o post abaixo:


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