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ASTRO DE BOTCHED

Cirurgião que faz plásticas na TV critica lipo de jovens influenciadoras

Fotos: Divulgação/E!

Os médicos Paul Nassif e Terry Dubrow no reality Botched, do canal E!

Paul Nassif (à esq.) e Terry Dubrow em cena da nova temporada de Botched: plásticas com cautela

LUCIANO GUARALDO

luciano@noticiasdatv.com

Publicado em 2/11/2020 - 6h45

Um dos cirurgiões mais conceituados dos Estados Unidos, Terry Dubrow conquistou o público ao corrigir plásticas que deram errado no reality show Botched, do canal pago E!. Acostumado a todo tipo de procedimento fracassado, ele ainda se choca ao ver jovens entrarem na faca sem necessidade --caso das blogueiras brasileiras que fizeram a lipoaspiração LAD apesar de já serem magras.

Nomes como Giovanna Chaves, Anna Livya Padilha e Viih Tube, todas com menos de 20 anos, estão se submetendo às operações em troca de divulgação de uma clínica de estética para seus seguidores. Dubrow se declara contrário a operar pacientes tão jovens.

"Não gosto de fazer cirurgias em crianças ou adolescentes, cujos corpos ainda estão em desenvolvimento, até que elas tenham idade para tomar decisões por conta própria. A não ser que a criança tenha uma deformidade e seja alvo de bullying dos colegas, aí sim considero um bom motivo", explica.

"Mas percebo que há um movimento atual para fazer plásticas em pacientes cada vez mais novos, talvez isso seja inspirado por Kylie Jenner [modelo e irmã mais nova de Kim Kardashian]. Isso é assustador", desabafa o cirurgião de 62 anos ao Notícias da TV.

O cirurgião plástico Terry Dubrow, que corrige plásticas fracassadas no reality show Botched

Para o veterano, fãs dessas celebridades virtuais podem estar comprando gato por lebre ao seguirem tudo o que seus ídolos fazem. "Muitas vezes esses influenciadores usam filtros, não se parecem nada com aquilo que exibem em suas redes. E aí você faz uma plástica para ficar com a cara de algo que simplesmente não é real", aponta ele.

Dubrow ainda ressalta que recorrer à faca com frequência é um problema sério. "Pode facilmente se tornar um vício. E é responsabilidade do médico identificar as pessoas que, talvez, estejam viciadas. Nós não somos psiquiatras, mas é comum um paciente fazer tantas mudanças no corpo que acaba esquecendo o motivo pelo qual queria a plástica em primeiro lugar. O cirurgião precisa identificar se isso é uma dismorfia corporal e saber a hora de parar", ensina.

Outro risco de cirurgias em pessoas mais jovens é que, muitas vezes, elas não têm dinheiro para pagar profissionais adequados e arriscam a vida com procedimentos improvisados ou material duvidoso.

"Tanto em Botched quanto na minha clínica eu sou procurado por pessoas que têm problemas por causa disso. Pacientes que colocaram cimento ou injetaram produtos em um quarto de hotel. Aí, eu preciso remover o material que causou a inflamação e as massas duras, mas não dá para simplesmente tirar tudo. E é aí que está o desafio. Nesta temporada do programa, por exemplo, tiramos boa parte do bumbum de uma paciente, mas aí precisamos criar um novo com tecidos das proximidades", adianta o cirurgião.

Os episódios inéditos da sexta temporada de Botched são exibidos toda segunda-feira, às 22h, no canal E!. Confira o trailer:


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