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CORTE DE GASTOS

Band passa a faca e demite todas as bailarinas do programa de Faustão

REPRODUÇÃO/BAND

Faustão no palco de seu programa na Band

Faustão em seu programa na Band: emissora manda embora todo o corpo de balé para cortar gastos

GABRIEL VAQUER, colunista

vaquer@noticiasdatv.com

Publicado em 22/12/2022 - 14h50
Atualizado em 22/12/2022 - 15h48

Apenas uma semana depois de demitir dez pessoas do Faustão na Band, a emissora dispensou nesta quinta-feira (22) todas as bailarinas que faziam parte do tradicional Balé do Faustão. A medida é para cortar ainda mais custos e adaptar o programa à realidade econômica do mercado de televisão no ano que vem. Três profissionais, de outras áreas da produção, também foram dispensados, totalizando 15 pessoas no corte de hoje.

Segundo apurou o Notícias da TV, entre as bailarinas demitidas estão Yasmin Marinho, Nathália Ramos e Suellem Morimoto --esta última também era assistente de coreografia e estava com o time de Faustão desde os tempos da Globo. Algumas foram dispensadas após uma reunião. Outras foram avisadas que estavam fora via internet. O clima é de tristeza nos bastidores.

Nesta quarta (21), as bailarinas do Faustão fizeram a última gravação do ano e algumas delas foram jantar em um bar em São Paulo. Ninguém desconfiava de que haveria um novo corte após as demissões da semana passada.

A direção do programa de Faustão ainda decidirá se incluirá um corpo de baile para as atrações do ano que vem. A tendência é que isso aconteça, mas com pagamentos avulsos, não mais com contrato fixo.

O martelo só será batido em fevereiro, quando a produção retornará do período de férias. Nos dois primeiros meses de 2023, o Faustão na Band terá conteúdo reprisado, retornando ao horário nobre da TV do Morumbi apenas em março.

Procurada pelo Notícias da TV, a Band não comentou o assunto.

A crise no Faustão

O Faustão na Band enfrentou crise nos bastidores logo após seu início, em 17 de janeiro. O bom desempenho na estreia, com picos de 9,9 pontos, não se confirmou nos dias seguintes, e a falta de anunciantes obrigou a produção a fazer os primeiros cortes. No final de janeiro, um acordo com o Bradesco, no valor de R$ 89 milhões, deu fôlego à atração.

Os bastidores, porém, continuaram tensos. Em março, apenas dois meses após a estreia, Faustão viu sua irmã, Leonor Corrêa, uma das diretoras do programa, deixar a produção. A crise teria sido o motivo da saída da profissional. Oficialmente, no entanto, Leonor saiu porque a Band a convocou para tocar um projeto de recuperação do acervo e de produção de dramaturgia e documentários.

A tesoura nos custos continuou no segundo semestre. Em agosto, Faustão parou de bancar uma caravana que vinha do Rio de Janeiro para as gravações e deixou de pagar uma churrascaria para que a plateia comesse antes dos trabalhos. Demissões de bailarinas e produtores também entraram no roteiro.

Por causa do faturamento abaixo do esperado, a Band se viu obrigada a voltar com atrações religiosas. Johnny Saad negociou pessoalmente duas horas da faixa matinal para R.R. Soares, que ocupava a faixa de Faustão até o ano passado.

O fato deixou principalmente gente do Jornalismo triste, já que a Record era ameaçada no horário pelo Bora Brasil, comandado por Joel Datena, filho de José Luiz Datena.

Recentemente, Faustão recebeu uma sondagem da Record para trocar de emissora. A ideia foi do comercial da empresa e um jantar com Antônio Guerreiro, vice-presidente de Jornalismo da TV de Edir Macedo aconteceu. Fausto, no entanto, recusou e ficou na Band. "Lá na Band tenho liberdade e me pagam direitinho", disse o apresentador com exclusividade ao Notícias da TV.


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