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Empresa acusa Band de calote de R$ 600 mil em compra de cenários para Faustão

DIVULGAÇÃO/BAND

Faustão no comando de seu programa na Band

Faustão em seu programa na Band: empresa acusa emissora de não pagar peças de iluminação do cenário

GABRIEL VAQUER, colunista

vaquer@noticiasdatv.com

Publicado em 8/12/2022 - 7h00

A Hollywood Store, uma das maiores fornecedoras de equipamentos e acessórios para produções audiovisuais no Brasil, está na bronca com a Band. A loja acusa a emissora do Morumbi de um calote de R$ 600 mil em peças para a montagem do cenário do programa de Faustão. Ao Notícias da TV, a TV admite a dívida e alega um problema de fluxo de caixa.

A empresa de equipamentos afirma que foi procurada pela direção da emissora em dezembro de 2021 para negociar 26 painéis de LED e 36 fresnéis (nome dado a um tipo de lente). O produto foi usado para a criação do telão e da iluminação feita no Teatro João Jorge Saad, onde é gravado o Faustão na Band.

A compra foi negociada em dólar e parcelada em 12 vezes sem juros. No entanto, Hollywood Store alega que parou de receber no início do segundo semestre deste ano. Hoje, o valor da dívida estimado é R$ 550 mil.

Além dessa compra, a Band alugou equipamentos de iluminação para estrear o programa de Fausto Silva em janeiro do ano passado. De acordo com a empresa, a emissora estava com dificuldade de encontrar todo o maquinário a tempo de colocar o programa no ar, por isso recorreu ao aluguel.

As parcelas atrasadas mais a locação dos equipamentos totalizam aproximadamente R$ 612 mil de dívida. A loja de acessórios afirmou ao Notícias da TV que já tentou negociar amigavelmente, mas não conseguiu retorno, e que não descarta a ideia de ir à Justiça.

"O que podemos dizer é que a empresa está analisando todas as questões burocráticas, uma vez que já esgotamos todas as possibilidades de negociações amigáveis", disse a empresa em comunicado. 

A Band confirma o atraso e promete regularizar a situação. "Estamos fazendo o realinhamento desses pagamentos por conta do nosso fluxo de caixa e atrasos nos recebimentos”, diz. 

Faustão em crise

O problema é mais um ingrediente da crise que vive que se instaurou na segunda passagem de Faustão pela Band. O bom desempenho na estreia, com picos de 9,9 pontos, não se confirmou nos dias seguintes, e a falta de anunciantes obrigou a produção a fazer os primeiros cortes. No final de janeiro, um acordo com o Bradesco, no valor de R$ 89 milhões, deu fôlego à atração.

Em março, apenas dois meses após a estreia, Faustão viu sua irmã, Leonor Corrêa, uma das diretoras do programa, deixar a produção. A crise nos bastidores teria sido o motivo da saída da profissional. Oficialmente, no entanto, Leonor saiu porque a Band a convocou para tocar um projeto de recuperação do acervo e de produção de dramaturgia e documentários.

Os cortes de custos continuaram no segundo semestre. Em agosto, Faustão parou de bancar uma caravana que vinha do Rio de Janeiro para as gravações e deixou de pagar uma churrascaria para que a plateia comesse antes dos trabalhos. Demissões de bailarinas e produtores também entraram no roteiro.

Por causa do faturamento abaixo do esperado, a Band se viu obrigada a voltar com atrações religiosas.

Johnny Saad, dono da empresa, negociou duas horas da faixa matinal para R.R. Soares, que ocupava a faixa de Faustão até o ano passado. O fato deixou principalmente gente do Jornalismo triste, já que a Record era ameaçada no horário pelo Bora Brasil, comandado por Joel Datena, filho de José Luiz Datena. 

Na semana passada, Faustão chegou a receber uma sondagem da Record, mas afirmou ao Notícias da TV que ficará na Band em 2023. "Lá tenho liberdade e me pagam direitinho", comentou o apresentador. Nos próximos dias, haverá uma definição se ele ficará na programação diária ou passará a ser semanal no ano que vem.


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