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DISPENSADO

Após fracasso de Fuzuê, autor Gustavo Reiz não renova contrato fixo com a Globo

JOÃO MIGUEL JÚNIOR/TV GLOBO

Gustavo Reiz sorri e aponta para cenário da novela Fuzuê

Gustavo Reiz em cenário da novela Fuzuê (2023); autor não teve contrato fixo renovado

REDAÇÃO

redacao@noticiasdatv.com

Publicado em 28/5/2024 - 7h12

Gustavo Reiz não teve o contrato fixo renovado após Fuzuê (2023), que se consolidou como pior novela das sete da história da Globo no quesito audiência. Assim como outros autores e atores dispensados nos últimos anos, o novelista poderá voltar à emissora no modelo de acordo por obra.

Segundo informações do jornalista Flávio Ricco, do portal R7, Reiz não deve ficar parado durante muito tempo. O escritor já tem outros projetos no audiovisual.

O autor, assumidamente apaixonado por novelas, estreou como roteirista de Os Ricos Também Choram (2005), no SBT. Na Record, ele escreveu Sansão e Dalila (2011), Fora de Controle (2012), Dona Xepa (2013), Escrava Mãe (2016) e Belaventura (2017).

Reiz teve a sinopse de Fuzuê aprovada pela Globo em 2020, mas teve de adiar a produção do folhetim por conta da pandemia da Covid-19. A trama só saiu do papel em 2023, com a difícil missão de substituir o sucesso Vai na Fé (2023).

A história protagonizada por Giovana Cordeiro e Nicolas Prattes teve um final atrapalhado, com excesso de clichês e conclusões aceleradas para seus conflitos. O capítulo derradeiro teve 6 pontos a menos do que o desfecho de Vai na Fé.

Fuzuê fechou sua passagem pela Globo com média de 19,3 pontos, um décimo abaixo de Geração Brasil (2014), que era o exemplo de fracasso da faixa das sete até então.

Por causa da repercussão ruim, a Globo até convocou Ricardo Linhares para supervisionar o texto da novela. Após a intervenção, a trama apresentou menos cenas de comédia "pastelão" --como as guerras de bolo ou jatos de tinta sujando os personagens-- e assumiu tom mais dramático.

Na reta final do folhetim, Reiz admitiu ter cometido um equívoco no desenvolvimento da história em sua primeira experiência como autor do horário nobre da Globo, mas disse se sentir satisfeito com o resultado.

"Eu tentaria modular melhor a busca da Maria [Olivia Araujo] e a do tesouro para não acontecerem simultaneamente, por exemplo. Mas fica fácil falar depois de assistir. No momento em que escrevemos, que planejamos os capítulos, temos a consciência de que entregamos o melhor, sempre, para divertir, emocionar e instigar o público", analisou em entrevista à coluna Play, do jornal O Globo.


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