DICAS PARA NÃO SE DAR MAL
EDUARDO BONJOCH/NOTÍCIAS DA TV
No mercado de assistência técnica há 30 anos, João Fernandes vende TVs usadas em São Paulo
Com a chegada da Copa do Mundo e o bolso apertado, as ofertas de TVs usadas na internet e até de televisores de mostruário ou novos com pequenos defeitos nas lojas chamam a atenção do consumidor, principalmente pelo preço. Mas será que vale a pena se arriscar?
Patrícia Alvares Dias, especialista do Procon-SP, alerta para uma série de fatores que devem ser observados. "Em primeiro lugar, é preciso analisar as condições gerais da tela e ver o aparelho funcionando", afirma ela, que acha indispensável verificar a qualidade da imagem de qualquer televisor antes de fechar negócio.
No caso das TVs usadas, descobrir o ano de fabricação também faz diferença. "O consumidor deve sempre optar por modelos mais novos para não ter problema com a falta de componentes e peças de reposição em caso de defeito no futuro", diz. De acordo com o Código de Defesa do Consumidor, o fabricante só é obrigado a assegurar a troca desses itens durante a vida útil estimada do aparelho, que é de cinco anos.
Dependendo da geração, a TV usada que você escolheu pela internet pode nem ter funções smart ou oferecer uma experiência bem limitada e frustrante de aplicativos, que travam ou não aceitam atualizações. Outro detalhe é que a venda informal de aparelhos usados entre consumidores não se enquadra no Código de Defesa do Consumidor, dispensando a obrigatoriedade de garantia.
Quem quer ter esse benefício e pretende gastar menos com uma TV de segunda mão pode recorrer aos modelos vendidos pelas próprias assistências técnicas. A dica é dar preferência aos locais que o consumidor já é cliente e confia. "Vale a pena bater um papo para saber qual era o defeito do televisor em que se está interessado e por que o antigo dono desistiu de consertar", alerta Patrícia. "E, claro, testar o produto e ver se está em perfeitas condições."
No mercado de assistência técnica há 30 anos, João Fernandes, que atende no bairro do Tatuapé (SP), costuma vender TVs usadas para seus clientes. "Há vários casos em que o consumidor desiste de consertar o aparelho", comenta. "Então, pagamos um valor simbólico pelo produto, fazemos o reparo e colocamos a TV à venda por cerca de 50% do valor de outra nova de mesmo tamanho e categoria com 90 dias de garantia assegurados pela lei."
E se a TV na loja estiver exposta na parte de produtos com pequenos defeitos? Segundo o Procon-SP, o mais importante é ver o televisor funcionando e observar se a avaria está apenas relacionada à estrutura do aparelho, o que inclui riscos e amassados, ou se afeta a qualidade da imagem.
Outro ponto a analisar é o valor do desconto para ver se o investimento realmente compensa. Em muitos casos, a diferença é tão pouca que é melhor levar para casa um produto em perfeito estado. E fica o alerta: "o pequeno defeito será descrito na nota fiscal porque a garantia não cobrirá esse reparo se o consumidor levar o televisor precisar de manutenção", informa Patrícia.
© 2024 Notícias da TV | Proibida a reprodução
Mais lidas
Política de comentários
Este espaço visa ampliar o debate sobre o assunto abordado na notícia, democrática e respeitosamente. Não são aceitos comentários anônimos nem que firam leis e princípios éticos e morais ou que promovam atividades ilícitas ou criminosas. Assim, comentários caluniosos, difamatórios, preconceituosos, ofensivos, agressivos, que usam palavras de baixo calão, incitam a violência, exprimam discurso de ódio ou contenham links são sumariamente deletados.