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DEU RUIM

Troco ou conserto? Saiba o que é melhor fazer quando a TV para de funcionar

REPRODUÇÃO

TV com defeito trazendo listras verticais na imagem

Televisor com defeito; valor do conserto em assistência técnica nem sempre compensa

EDUARDO BONJOCH

edubonjoch@gmail.com

Publicado em 22/5/2021 - 7h05

Quando a TV quebra, o consumidor sempre fica em dúvida entre consertar o produto ou trocá-lo por um modelo novo. O alto preço cobrado pelas assistências técnicas e as constantes promoções do varejo mostram que o reparo pode custar mais caro até do que a compra de um novo televisor.

Para valer a pena, o conserto não deve ultrapassar 50% do valor de uma TV nova de mesmo padrão. Mas, segundo as assistências técnicas, cada caso precisa ser analisado isoladamente. "Se o televisor que quebrou tem dez anos de uso e não é uma smart TV, considere de 20% a 30% do valor, no máximo, porque o cliente terá muito benefício ao trocar de aparelho", explica Tiago Costa, que atua no setor em Fortaleza há cinco anos.

Mesmo quando o prazo de garantia da TV acaba, Renata Reis, do Procon-SP, aconselha o consumidor a procurar primeiro as assistências técnicas autorizadas. "São empresas que contam com a certificação do fabricante na prestação de serviços de qualidade e uso de peças originais", esclarece.

Por outro lado, o valor cobrado é sempre mais alto --o que, muitas vezes, desanima o consumidor. Em alguns casos, o conserto pode ficar de 20% a 30% mais alto em relação ao valor cobrado por uma assistência que trabalha por conta própria. Na dúvida, a dica é fazer mais de um orçamento e buscar referências de quem você deseja contratar. Um bom termômetro é verificar o tempo de mercado e procurar avaliações da empresa na internet.

No mercado há 30 anos, João Fernandes nota um aumento de 60% nos consertos de TVs nos últimos três anos. "A crise financeira e a menor vida útil dos aparelhos ajudam a explicar por que o mercado está aquecido", diz ele, que atende no bairro do Tatuapé, em São Paulo.

EDUARDO BONJOCH/notícias da tv

Fernandes consertando TV;  vida útil caiu 

De fato, a vida útil encolheu. Para justificar os preços cada vez mais enxutos, as TVs de LED atuais, principalmente as de tela menor, utilizam componentes de baixo custo. Com isto, estão longe de durar os dez anos aproximados das saudosas TVs de tubo que Fernandes nem conserta mais.

Há muita diferença entre a qualidade dos componentes das TVs de LED atuais em relação aos modelos de tela fina mais antigos. Hoje, é comum consertar TVs com três a cinco anos de uso.

Ele afirma não ter dificuldade para encontrar peças para modelos fabricados neste período. Nos aparelhos mais velhos, muitas vezes, a única alternativa acaba sendo a recuperação das placas e de outros itens que compõem a TV em empresas especializadas.

Rede elétrica é principal vilã

Alguns defeitos se repetem com frequência nas TVs que chegam à assistência técnica e poderiam ser evitados se o aparelho fosse ligado a um filtro de linha, nobreak ou condicionador de energia. Televisores que queimam por conta de oscilações bruscas na rede elétrica, causadas por raios ou variações de tensão, lideram o ranking dos consertos.

Segundo Fernandes, o custo deste tipo de reparo, que exige a troca da placa da fonte, costuma variar entre R$ 300 a R$ 500, dependendo do televisor. A instabilidade da rede elétrica também pode levar à queima das entradas HDMI e até da placa principal, outro defeito recorrente. Neste caso, o conserto fica mais caro: a partir de R$ 500.

Porém, se a tela cair e quebrar por acidente ou apresentar listras ou manchas provocadas pelo uso de produtos de limpeza, será necessário trocar o painel. E, neste caso, o valor cobrado não compensa.

Garantia estendida vale a pena?

Segundo o Procon-SP, o consumidor deve ficar atento ao receber em casa qualquer novo aparelho eletrônico, como um televisor. Se notar qualquer arranhão ou dano causado durante o transporte, a recomendação é devolver o produto e entrar em contato com a loja que fez a venda. E se o defeito aparecer depois que a TV foi ligada, o ideal é procurar diretamente o fabricante.

"A garantia estendida é uma opção interessante para quem investe em televisores mais caros e de alta tecnologia, que podem ter reparos de alto custo", recomenda Renata Reis, do Procon-SP. "Mas, neste caso, o varejista atua apenas como um corretor de seguros, oferecendo o serviço de um parceiro que também não é uma assistência técnica oficial do fabricante."

Para ela, o consumidor tem ainda o direito de saber a vida útil estimada do televisor que está comprando. Na prática, isto não acontece e os fabricantes não comentam nada sobre o assunto, nem mesmo nos manuais. De acordo com especialistas do setor, a média varia de cinco a sete anos, dependendo do uso. E os próprios fabricantes estimulam a troca, deixando de oferecer atualizações em modelos com mais de cinco anos.

Durante a garantia, o prazo legal para realizar o conserto do aparelho é de até 30 dias. Já as peças de reposição devem ser oferecidas pelos fabricantes durante o prazo de vida útil dos televisores, ou seja, entre cinco e sete anos. Para qualquer conserto realizado na assistência técnica após um ano da compra da TV, a garantia é de 90 dias.

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