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MEDO DE SE ENDIVIDAR

Saiba por que cenário inédito de Copa com eleições pode adiar troca de TV

REPRODUÇÃO

Amigos assistem a jogo da Copa em TV de tela grande

Eleição perto da Copa deve atrapalhar as vendas de televisores, principalmente em setembro

EDUARDO BONJOCH

edubonjoch@gmail.com

Publicado em 9/9/2022 - 6h15

Pela primeira vez na história, a Copa do Mundo vai começar em novembro, bem perto das eleições presidenciais no Brasil, que acontecem em outubro. Esse cenário, segundo a GfK, pode atrapalhar as vendas de TVs a curto prazo, principalmente entre as classes C e D, que passam a ter mais medo de investir em produtos de preço elevado, como é o caso dos televisores.

Segundo Fernando Baialuna, diretor de negócios e varejo da GfK, a política influencia a economia, que desempenha um papel importante na confiança do consumidor, sobretudo de baixa renda. "A confiança é fundamental para que ele tenha coragem de adquirir um item de alto valor agregado, como uma TV, por exemplo", afirma.

Mas, de acordo com ele, dois fatores pesam a favor para que os consumidores mais desconfiados também troquem de TV após as eleições. "A queda do dólar e a contenção da inflação ao consumo tendem a favorecer o aumento das vendas no último trimestre, com Copa, Black Friday e Natal juntos", comenta Baialuna, que diz ser otimista com cautela em relação à retomada do consumo, inclusive entre as classes C e D.

Ele ainda esclarece que a análise histórica do índice de confiança do consumidor pós-eleição aponta para um mesmo caminho há anos. "Nas últimas três eleições presidenciais, independentemente do candidato eleito, a confiança do brasileiro sempre sobe após o resultado nas urnas."

Varejo reage, e vendas caem na indústria

O balanço nas vendas de TVs no varejo e na indústria mostram resultados bem diferentes durante o primeiro semestre de 2022. Nas lojas, segundo levantamento da GfK, os números são estáveis, com leve queda de 1% em unidades vendidas em relação ao mesmo período do ano passado. Já a Eletros (Associação Nacional de Fabricantes de Produtos Eletroeletrônicos), que representa a indústria, anunciou retração de 17% de janeiro a junho.

Com estoques cheios, o varejo segurou as compras de TVs da indústria, que aponta a inflação e as altas taxas de juros no período, por exemplo, como fatores decisivos para espantar o consumidor. De acordo com a Eletros, foram vendidas 4,5 milhões de TVs contra 5,4 milhões nos seis primeiros meses de 2021.

No varejo, o aquecimento começou a partir de maio e, segundo a GfK, as vendas de TVs irão crescer, estimuladas pelas promoções e pelo cenário de estabilização dos próximos meses. "Com a mudança na data da Copa, a venda de aproximadamente 1 milhão de televisores foi deslocada para o segundo semestre", calcula Baialuna.


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