DOIS EXTREMOS
FOTOS: REPRODUÇÃO
Com resolução 8K e 75 polegadas, a TV mais cara é uma QLED Samsung, da linha Q950TS
De um lado, estão as modestas TVs de 24 polegadas, que custam de R$ 825 a R$ 1 mil; de outro, as telas gigantes de 75 a 86 polegadas, com resolução 4K ou 8K e as mais modernas tecnologias. Mas, neste caso, prepare o bolso: o investimento em um televisor com estas características pode chegar a R$ 48 mil, preço de um carro zero quilômetro.
O Notícias da TV pesquisou os preços das TVs mais baratas e mais caras do mercado e mostra o que estes modelos trazem de especial para atrair o consumidor. Como o levantamento online foi realizado durante a Black Friday, realizada na sexta-feira (26), os produtos podem apresentar alteração de custo nos próximos dias.
O principal atrativo das TVs de 24 polegadas é o preço baixo, resultado da simplicidade e da carência de recursos. Mesmo assim, o consumidor precisa ficar atento às especificações. Entre as opções de marcas como Multilaser, Philco e LG (esta de 23,6"), há modelos com ou sem funções de smart TV e com uma ou duas entradas HDMI, o que pode fazer a diferença se você quiser conectar um videogame e um decoder de TV por assinatura ao mesmo tempo.
Mas não espere uma experiência completa de smart TV, já que os modelos mais simples costumam ser limitados, principalmente na velocidade de processamento e na oferta de aplicativos. Esqueça ainda funções bacanas, como a possibilidade de receber comandos de voz pelo controle remoto, diferencial dos modelos de 32" da marca TCL, que podem custar de R$ 280 a R$ 450 a mais.
Smart TV de 23,6": duas entradas HDMI
Por serem as menores TVs do mercado, todas as telas de 24 e 32 polegadas oferecem resolução HD, de 1.366 por 768 pixels, a mais modesta entre os televisores. É uma definição inferior à tradicional Full-HD, de 1.920 por 1.080 pixels, adotada como padrão nas transmissões de TV digital, canais de alta definição da TV por assinatura e dominante nos serviços de streaming.
Embora a resolução mais baixa não faça tanta diferença nas TVs menores, o consumidor consegue notar a falta de nitidez quando chega bem perto da tela. Obrigada a adaptar a definição do conteúdo às suas limitações técnicas, uma TV HD não é capaz de exibir imagens Full-HD com toda a qualidade que o padrão oferece.
Com custos que variam de R$ 34 mil a R$ 49 mil, as TVs mais caras do mercado têm de 75 a 86 polegadas. São modelos de luxo das marcas Samsung e LG, com resolução 4K ou 8K, ampla variedade de conexões, funções para gamers e recursos de inteligência artificial para comandar o televisor pela voz e promover ajustes automáticos de som e imagem de acordo com a cena, o tipo de conteúdo, a luminosidade e os ruídos.
Internamente, elas trazem os processadores mais eficientes e modernos do mercado, que permitem rodar as funções smart com rapidez e sem travamentos. E, diferentemente das TVs mais simples, as plataformas destas TVs já oferecem até mesmo os aplicativos dos serviços mais novos de streaming, como HBO Max, Apple TV+ e Star+, por exemplo.
A tecnologia adotada também não é a mesma. Há desde TVs QLED, de pontos quânticos, que adicionam uma película na iluminação do painel de LED, resultando em maior pureza e volume de cores; até modelos do tipo miniLED (linhas Neo QLED e QNED MiniLED). Nestas telas, cada LED convencional é substituído por dezenas de miniLEDs de maior potência espalhados por toda a extensão da tela, melhorando o brilho, o contraste e os vazamentos de luz.
Com 83 polegadas, a maior TV OLED à venda também está na lista das mais caras. Diferentemente das TVs de LED, os televisores com tecnologia de pixels orgânicos não precisam de iluminação interna para gerar as imagens na tela. Como cada pixel emite a própria luz, elas seguem imbatíveis no contraste e na reprodução de pretos profundos com fidelidade nas cenas escuras.
Cinco das seis TVs de custo mais alto nas lojas também já são 8K; a exceção fica por conta da TV OLED de 83". São modelos de 75", 82" e 86" com resolução de 7.680 por 4.320 pixels, quatro vezes superior à 4K. Os principais benefícios são a precisão de cores e a nitidez, que permite revelar todos os detalhes de uma cena com perfeição. Isto até quando o telespectador está bem perto da tela, permitindo ter uma TV grande em um pequeno ambiente.
Além do custo altíssimo, a falta de conteúdo em 8K também prejudica o avanço desta tecnologia. Certamente, ainda vai demorar para serviços como Netflix e Prime Video disponibilizarem alguma série ou filme neste padrão. Para isto, a internet precisaria melhorar muito, com velocidades mínimas de 100 Mbps na casa de grande parte dos clientes.
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