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O REI DA TV

Série de Silvio Santos pinta Gugu como ambicioso, safado e vingativo

REPRODUÇÃO/YOUTUBE

Montagem com Gugu Liberato na vida real e Paulo Nigro como o apresentador na série O Rei da TV

Gugu Liberato (1959-2019) e Paulo Nigro como o apresentador na série O Rei da TV, do Star+

ERICK MATHEUS NERY

erickmatheusnery.jor@gmail.com

Publicado em 14/10/2022 - 6h30
Atualizado em 20/10/2022 - 17h30

Ambicioso, safado e vingativo são palavras que, para muitos brasileiros, não podem ser associadas à memória de Gugu Liberato (1959-2019). Porém, é assim que o comunicador é apresentado ao público na série O Rei da TV, que já está disponível no Star+.

O objetivo da trama é narrar a trajetória de Silvio Santos, interpretado pelos atores José Rubens Chachá, Mariano Mattos Martins e Guilherme Reis em diferentes momentos da vida. Contudo, nos dois primeiros episódios, aos quais o Notícias da TV teve acesso antecipado, o coadjuvante Gugu Liberato (Paulo Nigro) é quem rouba a cena e surpreende o espectador.

O Rei da TV começa na década de 1980, quando Silvio tem um problema nas cordas vocais, e a direção do SBT escala Gugu às pressas para substituir o patrão no comando do Programa Silvio Santos. A ideia não agrada o veterano, que tenta a todo custo seguir como o rei dos domingos.

Afinal, os domingos eram dele, e os sábados, de Gugu, então titular do Viva a Noite (1982-1992). Essa "rivalidade" desagrada Senor Abravanel até nos sonhos: em uma das cenas, o patrão coloca o pupilo, ainda criança, para brincar no Foguetinho. Augustinho rejeita prêmios como uma penca de banana verde e uma bicicleta nova. O único "sim" é para a possibilidade de apresentar o dominical mais tradicional da televisão brasileira.

Com vários flashbacks, a trama mostra a luta de Silvio para melhorar de vida e sair da pobreza de forma justa e ética --e sempre esperta. Porém, qualquer pessoa que tenha se interessado alguma vez pela vida de Silvio Santos sabe disso. Já as fofocas sobre Gugu...

Até hoje, o público especula se o comunicador era gay ou não. Mas passa pela sua cabeça a imagem de Gugu aproveitando uma festa na piscina repleta de homens novinhos sem camisa? No meio dessa celebração, ele é surpreendido por uma visita de Rossi (Celso Frateschi), diretor da Globo que deseja contar com o jovem prodígio na emissora concorrente do SBT.

Leal a Silvio, Gugu rejeita essa proposta de emprego e é escalado como substituto oficial do rei. Contudo, o empresário, sempre imprevisível, descumpre o combinado com a direção e troca o novato por reprises do programa. A consequência? Despertar uma atitude vingativa de Gugu, que usa o telefone do próprio SBT para contatar a versão fictícia de José Bonifácio de Oliveira Sobrinho, o Boni.

Como qualquer obra de ficção, os roteiristas podem pintar e bordar em cima dos fatos na tentativa de entreter, da melhor forma possível, o espectador. O Rei da TV faz isso muito bem, prende o público com boas atuações e qualidade técnica. Agora, desconstruir a memória afetiva dos brasileiros é um baita desafio.

E uma coisa que todos podem esperar são as "cenas extras" de O Rei da TV, que não estarão no Star+, mas sim em qualquer veículo de imprensa, de forma similar ao que Marcello Camargo fez na época do lançamento do filme Hebe - A Estrela do Brasil (2019).

Confira o trailer de O Rei da TV:


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