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HORA DE PARAR?

Sem protagonistas, séries de sucesso são condenadas ao cancelamento

Divulgação/AMC

Andrew Lincoln deixou o elenco de The Walking Dead depois de nove temporadas no drama zumbi - Divulgação/AMC

Andrew Lincoln deixou o elenco de The Walking Dead depois de nove temporadas no drama zumbi

REDAÇÃO

Publicado em 29/12/2018 - 5h58

Séries mais vista da TV paga norte-americana, The Walking Dead tomou uma atitude arriscada neste ano e, no quinto episódio, abriu mão de seu protagonista, o xerife Rick (Andrew Lincoln). O drama zumbi não foi o único a eliminar seu astro: House of Cards, Máquina Mortífera e The Crown também enfrentaram (por diferentes razões) a mudança no elenco. Umas se deram bem com a troca, outras encararam o cancelamento.

Walking Dead foi uma das atrações que lucrou com a perda do primeiro nome de seu elenco: a série conseguiu não apenas uma renovação criativa, mas também freou a perda de público, em queda livre desde o início da sétima temporada.

Além disso, o drama zumbi acabou expandindo o próprio universo com a saída do xerife: Andrew Lincoln já anunciou que, apesar de ter deixado a série por vontade própria, assinou contrato para estrelar filmes baseados na franquia. "É o início de uma história muito maior", disse ele ao programa Talking Dead, que debate a trama.

Já House of Cards teve um destino contrário: o drama político precisou dar um jeito de excluir Frank Underwood da história após seu intérprete, Kevin Spacey, ser acusado de abusar um menor de idade.

O cartão de visitas da Netflix já estava previsto para acabar na sexta temporada, mas chegou ao fim com episódios frustrantes, nos quais o fantasma do ex-presidente pairava sobre Claire (Robin Wright) e com vilões caricatos que pouco acrescentaram à história. Manchou uma série que até então fazia uma trajetória exemplar.

DIVULGAÇÃO/cbs

Damon Wayans (à esq.) e Clayne Crawford em cena de Máquina Mortífera: à beira do abismo

Outra série de sucesso que precisou improvisar por causa de erros do protagonista foi Máquina Mortífera. O ator Clayne Crawford, que vivia o detetive Martin Riggs, acabou demitido após ataques raivosos nos bastidores da atração policial.

Na estreia da terceira temporada, foi revelado que Riggs morreu após ser baleado, e o ator Seann William Scott (de American Pie) entrou para formar dupla com Roger Murtaugh (Damon Wayans). Mas nem mesmo a troca de atores chamou a atenção do público: o primeiro episódio com Scott foi visto por 3,4 milhões de espectadores, menos da metade dos 7,9 milhões que acompanharam o início da atração.

Como ficam?
O público aguarda ansioso a estreia da terceira temporada de The Crown, ainda sem previsão de chegar à Netflix. Tudo porque será a primeira leva de episódios sem a atriz Claire Foy, ganhadora do Emmy e do Globo de Ouro. O papel da rainha Elizabeth agora caberá a Olivia Colman.

O talento de Olivia é inegável (ela ganhou o Globo de Ouro por The Night Manager), mas fica a dúvida se ela será capaz de passar sisudez e emoção com a mesma sutileza de Claire --uma qualidade essencial para interpretar o papel.

divulgação/netflix

Premiada com o Emmy, Claire Foy não interpretará mais a rainha Elizabeth em The Crown

A troca de atrizes estava prevista desde antes da estreia: o criador Peter Morgan sempre imaginou que o elenco seria todo reformulado a cada duas temporadas, já que a história mostrará momentos diferentes da vida da monarca britânica.

Já a veterana Shameless passou por uma situação inusitada: em 2016, a atriz Emmy Rossum, protagonista feminina da comédia, declarou publicamente que só renovaria seu contrato se tivesse seu salário equiparado ao de William H. Macy, já que era tão importante (ou até mais) do que ele na trama.

O canal Showtime atendeu ao pedido da atriz, e ela acertou um novo contrato. Mas, em 30 de agosto, antes mesmo da estreia da nona temporada, Emmy postou uma longa mensagem no Facebook anunciando que seria seu último ano na série. A previsão é que os episódios sejam exibidos em março e, até agora, não há nenhum indício de renovação para uma décima temporada.

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