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Arco-íris reluzente

Pela primeira vez, TV aberta dos EUA têm mais mulheres LGBTQ+ do que homens

Divulgação/The CW

A atriz Ruby Rose com a roupa da heroína Batwoman na série homônima da rede The CW

Ex-Orange Is the New Black, Ruby Rose é a Batwoman na série homônima, primeira heroína lésbica da TV

REDAÇÃO

Publicado em 7/11/2019 - 16h41

Pela primeira vez, há mais mulheres da comunidade LGBTQ+ do que homens nas séries da TV aberta dos Estados Unidos. Esse é o principal dado que a organização Glaad (sigla em inglês para Aliança Gay e Lésbica contra a Difamação) encontrou no seu relatório anual sobre a representatividade de lésbicas, gays, bissexuais e transexuais nas séries.

A Glaad publica esse levantamento há 15 anos e, quando tudo começou, a diversidade nas séries era irrisória. A pesquisa feita pela organização joga luz nesse tema e chama a atenção das redes, canais pagos e serviços de streaming para aprimorar como os personagens da comunidade LGBTQ+ são representados em produções roteirizadas. A cobrança traz resultado.

Para o relatório deste ano, a entidade levou em consideração séries do horário nobre da TV americana da temporada 2019-2020. Dos 120 personagens LGBTQ+ que fazem parte do elenco fixo e de apoio de séries exibidas nas redes de sinal aberto, 53% são mulheres.

"Essa notícia é muito boa, haja visto que as mulheres LGBTQ+ sempre foram historicamente sub-representadas na mídia", comemorou a instituição, em texto publicado no relatório.

A conta mostra que são 64 mulheres LGBTQ+ na TV aberta, que engloba a ABC, CBS, Fox, NBC e The CW: 40 são lésbicas, 21 bissexuais, duas são transexuais héteros e uma não-binária lésbica.

Na TV paga, as mulheres LGBTQ+ também são maioria (57%). E no streaming, há quase uma paridade, com 50% de homens LGBTQ+ contra 49% de mulheres --o 1% restante é composto por dois personagens não-binários, ambos sem uma orientação sexual clara.

A rede de TV aberta que mais abre espaço para personagens LGBTQ+ é a nanica The CW. Entre os canais pagos, quem lidera é o Showtime. E o streaming tem a Netflix no topo.

A Glaad aproveitou para destacar as séries com protagonistas LGBTQ+ que se destacam na atual temporada, como Batwoman (inédita no Brasil), Black Lightning (Netflix), Supergirl (Warner), Stumptown (inédita), Vida (Starzplay), Billions (Netflix), The Affair (Netflix), The L Word: Generation Q (inédita), Dear White People (Netflix), The Politician (Netflix), entre outras.

Sarah Kate Ellis, presidente e diretora-executiva da Glaad, desafiou as TVs abertas dos EUA para, em seis anos, dobrar a atual representatividade LGBTQ+ nas séries, chegando em 20%. "É um passo para que o entretenimento espelhe o mundo no qual os telespectadores vivem", disse a executiva.

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