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Cinco séries que reforçam o orgulho LGBTQ+ para assistir online

Divulgação/Netflix

Miguel Ángel Silvestre e Alfonso Herrera em cena de Sense8 gravada na Parada Gay de São Paulo - Divulgação/Netflix

Miguel Ángel Silvestre e Alfonso Herrera em cena de Sense8 gravada na Parada Gay de São Paulo

JOÃO DA PAZ

Publicado em 14/6/2019 - 5h45

Termina nesta sexta-feira (14), na HBO, o drama lésbico Gentleman Jack, representante das séries que têm tudo a ver com o mês de junho, dedicado a reforçar o orgulho LGBTQ+. A atração, disponível na HBO Go, conta a história real de Anne Lister (1791-1840), uma mulher forte que assumiu sua homossexualidade em plena Inglaterra do século 19.

Anne entrou para a história como a primeira lésbica moderna e deixou várias lições de vida retratadas pela HBO na série, que já tem a segunda temporada confirmada.

Confira cinco séries disponíveis online que merecem uma maratona no mês do orgulho LGBTQ+, com opções que vão de trama com adolescente que revela ser lésbica para a família até ator famoso que hesita em sair do armário publicamente.

divulgação/hbo

Suranne Jones com Sophie Rundle na primeira temporada de Gentleman Jack, drama da HBO


Gentleman Jack, na HBO Go

Coprodução da HBO com a rede britânica BBC, Gentleman Jack narra duas histórias importantes, que caminham paralelamente: a de uma mulher dona de si e a de um romance puro. Tudo seria típico de um conto de fadas se não fosse tão espinhoso.

Anne Lister, interpretada pela estupenda Suranne Jones (Doctor Foster), faz uma atuação digna doe Emmy. Sua personagem batalha para ser respeitada pelos homens e mulheres ao seu redor, que estranham a decisão de de assumir os negócios da família. Vale aqui ressaltar o tempo da série, ambientada na quadrada e conservadora Inglaterra dos anos 1800.

Sem vestidos suntuosos e coloridos, tradicionais entre as donzelas da época, Anne simplesmente escolhe a roupa mais confortável ao seus olhos: traje escuro e com cartola, mais parecido com um vestuário masculino.

Ela se apaixona pela jovem Ann Walker (Sophie Rundle) e engata uma paquera ingênua e bela, cheia de cortejos delicados. Anne quer conquistar o coração de Ann e encorajá-la a assumir um romance lésbico, a despeito do julgamento de familiares e da sociedade.

divulgação/fx

Pela sua atuação em Pose, MJ Rodriguez está cotada para disputar o Emmy de melhor atriz


Pose, no Fox Play

Um dos dramas mais impactantes da TV, Pose ganhou a simpatia de especialistas de TV em bolões do Emmy, que apontam a série como uma opção capaz de tirar de Game of Thrones a estatueta de melhor drama na premiação deste ano. A atração cresce em cenas tocantes, vibrantes e didáticas sobre os pormenores da vida da comunidade LGBTQ+ na Nova York do fim dos anos 1980.

Com uma trilha de muito bom gosto, Pose leva o telespectador para dentro de bailes no submundo da metrópole, local no qual transexuais e gays poderiam brilhar e ter uma sensação de pertencimento em concursos de figurinos, com muito glamour e classe. A vida ali era um refúgio, pois na superfície eles eram detestados.

Pose aborda temas delicados, como preconceito (até de homens gays contra transexuais) no trabalho e na vida social. A Aids, doença ainda meio desconhecida, afetava em cheio a comunidade LGBTQ+, que patinava ao tentar descobrir a gravidade e consequência desse mal. Pose conta com um elenco de atrizes trans elogiadas, como a revelação Indya Moore e MJ Rodriguez, cotada para ser indicada ao Emmy de melhor atriz de drama.

divulgação/netflix

Isabella Gomez, já maior de idade, interpretou uma adolescente na comédia One Day at a Time


One Day at a Time, na Netflix

Queridinha da mídia dos Estados Unidos, One Day at a Time (2017-2019) cumpriu muito bem seu papel em três temporadas. Entre tantas histórias narradas envolvendo uma família de descendentes cubanos em Los Angeles, a comédia cativou pela jornada de Elena Alvarez (Isabella Gomez), que assumiu ser lésbica para a família e os amigos e aprendeu a conviver com isso em sua adolescência.

A trajetória de Elena prende pela compaixão, pois o público a conhece ainda novinha, aos 14 anos de idade. Toda a família se dedica para dar a ela uma festona de princesa na chamada quinceañera, celebração dos 15 anos de uma menina, tradição entre o povo latino e católico. Contudo, Elena quer distância da solenidade.

Elena revela ser lésbica para a família e amigos no fim da primeira temporada. Depois disso, ela engata em um romance com Syd (Sheridan Pierce), que se apresenta como uma pessoa não-binária por não se identificar somente com um gênero, masculino ou feminino.

reprodução/The WB

Adam Kauffman e Kerr Smith deram um beijo histórico para a televisão em Dawson's Creek


Dawson's Creek, no Globoplay e no Prime Video

Impossível deixar Dawson's Creek (1998-2003) de fora quando o assunto é orgulho LGBTQ+ no mundo do entretenimento. A série cravou seu lugar na história por exibir, pela primeira vez em horário nobre da TV dos EUA, um beijo gay, entre Jack (Kerr Smith) e Ethan (Adam Kaufman). O marco, que hoje virou cena comum, não é tão antigo assim: foi ao ar em maio de 2000.

Jack deveria ser apenas um coadjuvante diante da teia amorosa envolvendo os protagonistas Dawson (James Van Der Beek), Joey (Katie Holmes), Pacey (Joshua Jackson) e Jen (Michelle Williams). Porém, ele ganhou espaço justamente porque foi criado como uma espécie de alter ego do criador da série, Kevin Williamson, que depositou no personagem todas as frustrações que havia vivido no passado.

divulgação/netflix

Freema Agyeman com Jamie Clayton em Sense8, em dia de Parada Gay em San Francisco


Sense8, na Netflix

Série que a comunidade LGBTQ+ abraçou e chamou de sua, Sense8 (2015-2018) mostrou seu cartão de visitas logo no primeiro episódio, com uma cena quentíssima de sexo entre a transexual Nomi Marks (Jamie Clayton) e sua namorada, Amanita Caplan (Freema Agyeman). Tudo isso bem no dia da Parada Gay de San Francisco, a mais famosa do mundo.

Além de embarcar no mundo trans de Nomi, uma blogueira e hacker alvo de comentários preconceituosos oriundos de dentro da própria comunidade LGBTQ+, Sense8 destrinchou a vida amorosa de Lito Rodriguez (Miguel Ángel Silvestre), ator de sucesso que é gay, mas tem um romance de fachada com uma mulher para manter uma imagem de machão perante o público.

Um dos grandes momentos da série ocorreu na Parada Gay de São Paulo. O elenco de Sense8 desembarcou na capital paulista em 2016 para gravar uma cena emblemática. Lito finalmente criou coragem e assumiu publicamente sua homossexualidade. Essa decisão afetou diretamente sua carreira de ator.

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