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VEJA VÍDEO

Augusto Nunes e Glenn Greenwald trocam tapas ao vivo no programa Pânico

Reprodução/YouTube

Glenn Greenwald e Augusto Nunes durante participação no programa Pânico, da rádio Jovem Pan

Glenn Greenwald, do Intercept, e Augusto Nunes, da Record, trocaram acusações e tapas no Pânico

REDAÇÃO

Publicado em 7/11/2019 - 13h07
Atualizado em 7/11/2019 - 16h56

Os jornalistas Augusto Nunes e Glenn Greenwald saíram no tapa durante o programa Pânico desta quinta-feira (7). As agressões aconteceram depois que Greenwald chamou o colega de "covarde". A equipe do programa, inclusive Daniel Zukerman, teve de separar os dois para que a briga não continuasse, e a transmissão da Jovem Pan no YouTube saiu do ar logo em seguida. Em nota divulgada no fim da tarde, a rádio lamentou o ocorrido (leia no fim deste texto).

O premiado jornalista americano, que ficou bastante conhecido por seu trabalho no site The Intercept ao divulgar informações sobre a Operação Lava Jato, era o convidado do programa de rádio da trupe de Emilio Surita. Segundo o Twitter da atração, Nunes (que trabalha na Jovem Pan) foi convidado para a sabatina para "termos mais qualidade na entrevista".

Greenwald se irritou após Augusto Nunes fazer ataques pessoais. "O que ele fez no canal Jovem Pan foi a coisa mais feia e mais suja que eu vi na minha carreira como jornalista, inclusive fazendo uma guerra com a CIA, com o governo [de Barack] Obama, Reino Unido... Ele disse que um juiz de menores deveria investigar nossos filhos e decidir se vamos perder nossos filhos. Acusando que estamos abandonando, fazendo negligência com os nossos filhos. A coisa mais nojenta que eu vi na minha vida", desabafou o estrangeiro.

"Você acredita ainda que um juiz de menores deveria investigar nossa família, com possibilidade de tirar nossos filhos da nossa casa e levar eles para um abrigo sem pai, sem mãe, sem família nenhuma. Você acredita nisso?", perguntou Greenwald.

"Essa é a prova que o Brasil criou o faroeste à brasileira, quem tem que se explicar é quem comete crimes e fica cobrando quem age honestamente. Ouçam o que eu disse primeiro e vocês vão perceber que ele ainda não sabe identificar ironias, não sabe identificar um ataque bem-humorado, e eu convido ele a provar em que momento eu pedi que algum juizado fizesse isso", retrucou Nunes.

O colunista da Record e da Veja insistiu que apenas perguntou quem ia cuidar dos filhos do jornalista, já que seu companheiro (o deputado federal David Miranda) "passa tempo em Brasília" e Glenn "passa o tempo todo lidando com o material roubado". "Eu vou falar: 'Quem é que vai cuidar dos filhos?'", provocou.

Nesse momento, o americano começou a gritar repetidas vezes que Nunes era covarde. "Eu vou falar por que você é um covarde!". "Eu sou um covarde? Eu vou te mostrar!", retrucou Nunes, que estapeou o rival.

Surita ficou chocado com a primeira agressão. "O que é isso?", questionou o apresentador do Pânico. "Peraí, calma, calma!", pediu ele. "Eu te mostro quem tem coragem", falou Nunes, nervoso, enquanto a equipe do programa tentava separá-los.

Na sequência, Greenwald conseguiu se desvencilhar dos funcionários da rádio que tentavam contê-lo e disparou na direção de Augusto Nunes, desferindo-lhe outro tapa. Emilio Surita mandou a direção do programa cortar a transmissão. "Coloca uma música, não tem condição", lamentou.

Depois da interrupção, o programa voltou ao ar apenas com Greenwald. Confira a briga entre os dois jornalistas:

'Liberdade de expressão'

Confira a nota da Jovem Pan sobre a briga entre os jornalistas:

"A Jovem Pan lamenta o episódio ocorrido ao vivo no programa Pânico desta quinta-feira (7) entre os jornalistas Augusto Nunes e Glenn Greenwald."

"Defensora vigilante dos princípios democráticos, do pluralismo de ideias e da liberdade de expressão, a Jovem Pan sempre abriu suas portas para convidados de diferentes campos ideológicos e com opiniões dissonantes, para que cada brasileiro forme seu juízo tendo acesso a visões variadas sobre os temas mais relevantes do momento."

"Uma das principais marcas do Pânico é receber personalidades para o debate aberto e franco, bem-humorado e eventualmente ácido. Glenn Greenwald já participou da bancada em diversas outras oportunidades."

"A liberdade de expressão e crítica concedida pela Jovem Pan a seus comentaristas e convidados, contudo, não se estende a nenhum tipo de ofensas e agressões. A empresa repudia com veemência esses comportamentos."

"A Jovem Pan pede desculpas aos ouvintes, espectadores e convidados desta edição do Pânico, inclusive Glenn Greenwald."

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