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UNIVERSO ZUMBI

O que o futuro reserva para a franquia The Walking Dead após o fim da série mãe

IMAGENS: DIVULGAÇÃO/AMC

Com cabelo comprido, liso e jogado no rosto, Norman Reedus aparece em cena de The Walking Dead

O ator Norman Reedus em The Walking Dead, ator mais bem pago e símbolo da série pós-Andrew Lincoln

JOÃO DA PAZ

joao@noticiasdatv.com

Publicado em 10/9/2020 - 7h05

Série que mesmo sem indicações importantes ao Emmy conquistou Hollywood nesta década, The Walking Dead está com o fim marcado. Ainda restam 31 episódios a serem exibidos e dois anos para o término. Até lá, o canal americano AMC vai armar uma estratégia cirúrgica para manter intacta sua mina de ouro proveniente do drama zumbi.

Em 2018, houve uma mudança importante no comando da série. O cargo de showrunner, aquele que é o responsável por toda a produção, foi assumido por Angela Kang. Ela entrou no lugar de Scott Gimple, que tinha alçado a atração a um ponto extraordinário, de uma das vistas de toda a TV, mas que também viu o público fugir depois das mortes de personagens queridos. O produtor, porém, não ficou desempregado; foi promovido e passou a chefiar a franquia The Walking Dead.

Vem de Gimple toda a estrutura e a coordenação que surgiram a partir da série mãe. Esse setor tem até um nome pomposo, chamado de Deadverse, que toma emprestado dos mundos dos heróis do cinema e da TV o termo "verse", indicativo de um universo compartilhado. No caso, os zumbis e os personagens da série que estreou em 2010 são a base dessa órbita.

Fear The Walking Dead é a série primogênita. Lançada em 2015, a trama era inicialmente ambientada em Los Angeles e narrava como humanos lidaram com as primeiras aparições de zumbis. Fear veio para contar o nascimento do apocalipse dos mortos-vivos. Atualmente na sexta temporada, o drama já fez conexão com a atração principal, um elo fechado pelo enigmático Morgan Jones (Lennie James).

Mês que vem finalmente chega The Walking Dead: World Beyond, que só vai ter duas temporadas. Essa tem como premissa acompanhar os passos da primeira geração de jovens no mundo zumbi. Vai haver algumas correlações com a série mãe, como vilões. Dez anos se passaram desde o estopim do surto e nada de cura. Caso tudo caminhe sem imprevistos, World Beyond termina antes de Walking Dead, em 2021.

Para 2023, está programada a estreia do mais novo spin-off zumbi, uma atração protagonizada por Norman Reedus e Melissa McBride na pele dos personagens Daryl e Carol, respectivamente. Pouco se sabe sobre esse projeto, ainda sem nome. A trama tem tudo para manter o espírito original de The Walking Dead --eles são os únicos sobreviventes desde a primeira temporada.

Ainda haverá Tales of The Walking Dead, com a proposta de contar histórias com começo, meio e fim em um único episódio, estrelados tanto por personagens já conhecidos quanto por novatos. E, por fim, a franquia ainda chegará ao cinema com filmes encabeçados pelo xerife Rick Grimes (Andrew Lincoln). Três longas estão agendados para serem produzidos, mas sem previsão de estreia.

Andrew Lincoln e Danai Gurira na série The Walking Dead; parceria pode se repetir nos filmes


Quem é o consumidor?

Qual será o público que consumirá tudo isso? Pega-se o exemplo dos filmes. Andrew Lincoln é mesmo um ator com naipe para protagonizar um arrasa-quarteirão em Hollywood, ainda mais depois de tanto tempo longe do personagem (que saiu da série há dois anos)? Surge a dúvida se esses projetos vão chamar para as salas de cinema pessoas que não são fãs da série. Afinal, a trama vai tratar de assuntos bem específicos, que só quem viu o Rick na TV entenderá.

Por isso, o canal AMC se movimenta junto aos estúdios da Universal para turbinar essa imagem. A aposta é que Danai Gurira, na pele da guerreira Michonne, esteja no pôster dos filmes ao lado de Lincoln. Os dois viveram um par romântico na série, e a atriz tem mais apelo na indústria americana do que o colega, em parte pela participação dela nos filmes de heróis da Marvel.

Se o ponto de partida do público para essa oferta de produções for a audiência da série nos Estados Unidos, o canal AMC tem como alvo cerca de 3,3 milhões de pessoas, média de público que assistiu à décima temporada. É uma quantia expressiva, mas bem longe da que atingia nos tempos áureos (quinta temporada, entre 2014 e 2015), quando a média passava dos 14 milhões de telespectadores.

Desde que assumiu a rédea de showrunner, Angela Kang melhorou (e muito) o rumo de The Walking Dead, mas não conseguiu trazer o público de volta nem conter sua fuga. Fica a dúvida se algum fã que largou a série vai se interessar pelas novidades ou se só quem chegou até aqui será o consumidor dos produtos a serem lançados.


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