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Análise

No Globo de Ouro, Netflix sofre derrota para a Amazon e TV aberta dá vexame

Divulgação/Amazon

Rachel Brosnahan na 2ª temporada de Marvelous Mrs. Maisel; atriz e série detêm Globo de Ouro - Divulgação/Amazon

Rachel Brosnahan na 2ª temporada de Marvelous Mrs. Maisel; atriz e série detêm Globo de Ouro

JOÃO DA PAZ

Publicado em 7/12/2018 - 5h15

A lista de indicados ao Globo de Ouro de 2019 estampa uma derrota histórica da Netflix para a Amazon, sua principal rival. Pela primeira vez, a gigante do streaming recebeu menos indicações do que o serviço da concorrente, o Prime Video: oito contra nove. Só as TV abertas americanas pagaram um mico maior, com pífias quatro indicações de 55 possíveis.

O revés da Netflix se deve porque grandes produções foram completamente esnobadas, como House of Cards e Orange Is The New Black. Mas o caso que chama mais a atenção é o de Maniac. Criada com o intuito de competir nas principais premiações, a minissérie dirigida por Cary Joji Fukunaga (vencedor do Emmy por True Detective) passou em branco, mesmo com atores do calibre de Emma Stone e Jonah Hill, cotados nas prévias como possíveis indicados.

A Amazon superou a Netflix ao emplacar três produções, cada uma delas com três indicações: Homecoming, The Marvelous Mrs. Maisel e a minissérie A Very English Scandal. As duas primeiras entram como favoritas em suas respectivas categorias.

The Marvelous Mrs. Maisel, na segunda temporada, é uma barbada na disputa por melhor comédia. Detentora do Globo de Ouro e do Emmy, não tem quem a ameace, até porque Atlanta, vencedora em 2016 e com potencial de destronar Maisel, ficou de fora. The Kominsky Method (Netflix) e Barry (HBO) são as zebras.

Por sua vez, Homecoming larga na frente ao lado de Killing Eve (Globoplay) na corrida por melhor drama. Liderada por Julia Roberts, a trama piradona de Sam Esmail (Mr. Robot) tem força. Vale lembrar que todos os devaneios e teorias de Mr. Robot foram bem digeridos pelos votantes do Globo de Ouro: a série hacker delirante venceu o prêmio de 2016.

Vexame
Na década passada, a TV aberta dominava o Globo de Ouro. Mas o poder de fogo das cinco grandes redes americanas (ABC, CBS, Fox, NBC e The CW) diminui a cada ano que passa. Na edição do ano que vem, a 76ª, somente quatro indicações foram para as redes: duas para The Good Place (NBC), melhor comédia e Kristen Bell; Debra Messing (de Will & Grace, NBC) e Candice Bergen (de Murphy Brown, CBS).

A última edição em que apenas séries da TV aberta concorreram a melhor drama e comédia foi a de 1999. No ano seguinte, entraram no jogo os canais pagos, mais especificamente a HBO com The Sopranos (1999-2007), vencedor logo na primeira indicação. Ainda assim, as atrações das redes dominavam.

A virada aconteceu em 2008, primeira edição na qual as produções da TV paga superaram as da TV aberta: foram sete contra três nos quesitos principais.

Desse ponto em diante, o quinteto foi perdendo fôlego edição após edição. Recentemente, This Is Us, da NBC, deu uma ressuscitada na presença da TV aberta. Na premiação de 2018, o drama chororô ajudou a NBC a ter cinco indicações. Uma a mais do que todas as quatro redes conseguiram somadas para 2019. Mas o encanto pode ter passado: na nova leva da premiação, a série ficou de fora.

Confira os indicados ao Globo de Ouro de 2019, nas categorias de séries:

Melhor série dramática
Homecoming (Amazon)
Killing Eve (Globoplay)
Pose (Fox Premium)
The Americans (Fox Premium)
Bodyguard (Netflix)

Melhor série de comédia ou musical
The Kominsky Method (Netflix)
The Marvelous Mrs. Maisel (Amazon)
Barry (HBO)
The Good Place (Netflix)
Kidding

Melhor minissérie ou filme feito para TV
Sharp Objects (HBO)
American Crime Story: O Assassinato de Gianni Versace (FX)
The Alienist (Netflix)
Escape at Dannemora 
A Very English Scandal

Melhor atriz de série dramática
Julia Roberts (Homecoming)
Caitriona Balfe (Outlander)
Sandra Oh (Killing Eve)
Keri Russel (The Americans)
Elisabeth Moss (The Handmaid's Tale)

Melhor ator de série dramática
Billy Porter (Pose)
Matthew Rhys (The Americans)
Jason Bateman (Ozark)
Richard Madden (Bodyguard)
Stephan James (Homecoming)

Melhor atriz de série de comédia ou musical
Alison Brie (Glow)
Kristen Bell (The Good Place)
Debra Messing (Will & Grace)
Candice Bergen (Murphy Brown)
Rachel Brosnahan (The Marvelous Mrs. Maisel)

Melhor ator de série de comédia ou musical
Michael Douglas (The Kominsky Method)
Bill Hader (Barry)
Donald Glover (Atlanta)
Jim Carrey (Kidding)
Sacha Baron Cohen (Who Is America?)

Melhor ator de minissérie ou filme feito para TV
Hugh Grant (A Very English Scandal)
Benedict Cumberbatch (Patrick Melrose)
Darren Criss (American Crime Story: O Assassinato de Gianni Versace)
Antonio Banderas (Genius)
Daniel Brühl (The Alienist)

Melhor atriz de minissérie ou filme feito para TV
Laura Dern (The Tale)
Regina King (Seven Seconds)
Patricia Arquette (Escape at Dannemora)
Amy Adams (Sharp Objects)
Connie Britton (Dirty John)

Melhor atriz coadjuvante em série, minissérie, ou filme para TV
Alex Borstein (The Marvelous Mrs. Maisel)
Patricia Clarkson (Sharp Objects)
Penélope Cruz (American Crime Story: O Assassinato de Gianni Versace)
Thandie Newton (Westworld)
Yvonne Strahovski (The Handmaid's Tale)

Melhor ator coadjuvante em série, minissérie ou filme para TV
Alan Arkin (The Kominsky Method)
Edgar Ramirez (American Crime Story: O Assassinato de Gianni Versace)
Henry Winkler (Barry)
Ben Whishaw (A Very English Scandal)
Kieran Culkin (Succession)

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