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Game of Thrones não é a única: De Lost a Dexter, sete séries com fins frustrantes

Divulgação/HBO

Daenerys Targaryen (Emilia Clarke) observa exército em cena do último episódio de Game of Thrones - Divulgação/HBO

Daenerys Targaryen (Emilia Clarke) observa exército em cena do último episódio de Game of Thrones

LUCIANO GUARALDO

Publicado em 18/5/2019 - 6h06

Game of Thrones chega ao fim neste domingo (19), e os fãs que acompanharam a série desde 2011 já desencanaram de um desfecho que satisfaça todo mundo. A última temporada tem desanimado o público do drama de fantasia, que reclama desde a qualidade dos roteiros à produção que deixa passar copos de café ou apresenta episódios escuros demais. É tanta frustração que os espectadores estão se lembrando de outras atrações com finais para esquecer, como Lost e Dexter.

Confira sete séries que irritaram seu público com o episódio final muito antes de Game of Thrones incendiar (literalmente) o universo que havia construído:

reprodução/nbc

Jason Alexander, Julia Louis-Dreyfus, Michael Richards e Jerry Seinfeld no fim da comédia


Seinfeld (1989-1998)

Considerada a melhor comédia de todos os tempos, Seinfeld deixou um gostinho amargo em sua despedida. O episódio final, com duas horas de duração, mostrou o quarteto Jerry (Jerry Seinfeld), Kramer (Michael Richards), Elaine (Julia Louis-Dreyfus) e George (Jason Alexander) na cadeia. Eles foram julgados por todos os erros que cometeram com outros personagens ao longo das nove temporadas.

O criador Larry David tentou enfiar tantas participações especiais no capítulo que não teve tempo de desenvolver nenhuma história a fundo. O desfecho também foi criticado por promover algo que uma série jamais deveria fazer com seus personagens: fazer juízo de caráter e condená-los por seus atos. Não é algo que apague o legado da série, mas certamente é melhor esquecer que o episódio existiu.

divulgação/abc

Jack (Matthew Fox) cumprimenta Locke (Terry O'Quinn) na igreja em cena do último capítulo


Lost (2004-2010)

Ao longo de seis temporadas, Lost instigou seu público com dezenas de mistérios que envolviam os passageiros do voo Oceanic 815, a ilha em que o avião caiu, as viagens no tempo e tantos outros delírios. No fim das contas, a série acabou sem resolver boa parte das incógnitas que criou --o roteiro simplesmente revelou que todos estavam mortos e foram envolvidos por uma luz.

O mais frustrante do desfecho é que, durante boa parte de Lost, os produtores Carlton Cuse e Damon Lindelof negaram várias vezes que os personagens tinham morrido e que a ilha era uma espécie de purgatório. Até o elenco mostrou decepção: "Quando eu li o roteiro, não entendi nada. Acho que o público vai ficar consternado, mas se reverem tudo vai fazer sentido", disse Michael Emerson, o Ben.

divulgação/showtime

Michael C. Hall com visual desleixado no último episódio de Dexter: final foi detonado por fãs


Dexter (2006-2013)

O serial killer com um código de ética, que só matava criminosos perigosos, colocou o canal Showtime na mira das premiações --o protagonista, Michael C. Hall, foi indicado cinco anos consecutivos ao Emmy de melhor ator, e levou o Globo de Ouro.

Porém, o final não fez jus à série: no último episódio, Dexter (Hall) desliga os aparelhos que mantinham sua irmã viva e, prestes a ser desmascarado pelos crimes que cometeu, ele pega um barco e vai em direção a um furacão, rumo à própria morte. Mas ele não se mata, e reaparece anos depois, com uma identidade falsa, trabalhando como lenhador no Estado do Oregon. Ninguém entendeu nada.

reprodução/cbs

Ted (Josh Radnor) só conheceu a Mãe (Cristin Milioti) no episódio final; ela morreu em seguida


How I Met Your Mother (2005-2014)

A premissa de How I Met Your Mother era de um pai contando para seus dois filhos adolescentes a história de como ele conheceu a mãe dos herdeiros. Depois de nove temporadas de enrolação, Ted (Josh Radnor) só foi encontrar a Mãe (Cristin Milioti) no episódio derradeiro da série --ela entrou para o elenco no último ano, mas vários desencontros os mantiveram separados.

O problema é que, depois de tanta espera, os fãs nem tiveram tempo de curtir o casal: a Mãe, chamada de Tracy, morreu logo depois. Viúvo, Ted acabou ficando com Robin (Cobie Smulders), que desde o início tinha tudo para ser seu par romântico, mas foi apresentada como "tia Robin" para os dois filhos que ouviam os longos causos do pai. Para o público, aquilo tudo foi uma grande enganação.

divulgação/hbo

No fim, Sookie (Anna Paquin) teve de matar seu grande amor, o vampiro Bill (Stephen Moyer)


True Blood (2008-2014)

O drama sexy que colocava vampiros, lobisomens e fadas em uma cidade do interior da Louisiana chegou ao fim com uma grande decepção aos fãs. Ao longo de 80 episódios em sete temporadas, foi construído um triângulo amoroso (e sexual) entre a garçonete telepata Sookie (Anna Paquin) e os vampiros Bill (Stephen Moyer) e Eric (Alex Skarsgård). Mas ela não ficou com nenhum dos dois.

No último episódio, Sookie foi obrigada a matar Bill, que estava com uma doença mortal para vampiros. A série então deu um salto no tempo e avançou um ano para mostrar a garçonete reunindo família e amigos para um jantar de Ação de Graças. Ela estava acompanhada de um novo homem, cujo rosto não foi mostrado mas que certamente não era nenhum de seus pares na série. Haja frustração.

reprodução/cbs

O sádico Chuck Lorre, criador de Two and a Half Men, 'matou' Charlie Sheen com um piano


Two and a Half Men (2003-2015)

O produtor Chuck Lorre tem no currículo sucessos como The Big Bang Theory, Mom e Mike & Molly, mas perdeu a mão na hora de encerrar Two and a Half Men. Ele não conseguiu superar a briga com Charlie Sheen, astro das primeiras oito temporadas, e fez questão de se vingar do desafeto no fim da comédia.

No fim do último episódio, um dublê vestido como o personagem de Sheen apareceu na porta da casa onde morava e tocava a campainha, apenas para ser atingido na cabeça por um piano e morrer. Lorre então apareceu em sua cadeira de diretor, olhou para a câmera e soltou o bordão de Sheen, "Winning!". E também morreu com um piano na cabeça. Recuperar uma briga que tinha ocorrido três anos antes e deixar de lado a história construída com o novo astro, Ashton Kutcher, pareceu mesquinho.

divulgação/netflix

Alexis Bledel (Rory) e Lauren Graham (Lorelai) na cena final de Gilmore Girls: A Year in the Life


Gilmore Girls (2000-2007; 2017)

Queridinha da crítica norte-americana, a série Gilmore Girls ganhou muitos fãs por mostrar a relação de amizade entre mãe e filha, separadas apenas por 16 anos. Só que, assim como Two and a Half Men, o drama também teve seu legado arruinado pela soberba de sua criadora, Amy Sherman-Palladino (de Marvelous Mrs. Maisel).

Ao fim da sexta temporada, Amy não renovou seu contrato com a Warner Bros. e abandonou o posto de showrunner da série, que foi assumido por David Rosenthal. O novato fez o melhor que pôde para encerrar as histórias desenvolvidas pela criadora, e deu um fim decente às histórias de Lorelai (Lauren Graham) e Rory (Alexis Bledel).

Só que Amy não gostou de ver seu bebê ser criado por outra pessoa e reclamou abertamente de tudo o que ele fez. Foi tanto rancor que, dez anos depois, ela acertou com a Netflix para produzir A Day in the Life, especial de quatro episódios em que finalmente daria seu fim para a família Gilmore.

Mas a criadora errou feio: apesar de a história se passar dez anos depois, as personagens continuavam agindo de forma imatura, como se ainda estivessem em 2007. O gancho que encerra a série, em que Rory revela que está grávida, poderia ser chocante no passado, quando ela ainda era uma universitária, mas para uma mulher na casa dos 30, que diferença faz? Melhor esquecer que a minissérie foi feita.

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