Impeachment
Divulgação/Casa Branca/Reprodução/ABC
Imagem oficial de Bill Clinton na Casa Branca e Clive Owen em programa matinal da rede ABC, há um mês
REDAÇÃO
Publicado em 15/11/2019 - 16h01
Vencedor do Globo de Ouro e com indicações ao Oscar e ao Emmy, o ator britânico Clive Owen vai interpretar o ex-presidente norte-americano Bill Clinton em Impeachment: American Crime Story, a terceira temporada da premiadíssima franquia, que desta vez irá retratar o escândalo sexual que quase tirou o político do governo dos Estados Unidos.
Esse é um dos papéis graúdos da TV americana que estava vago, à espera de um ator para pegá-lo. Curiosamente, os produtores de ACS escolheram um ator inglês para viver um personagem genuinamente americano, enraizado no interior do país.
O trabalho mais recente de Owen na TV foi na aplaudida The Knick (2014-2015), série do canal Cinemax na qual ele viveu o protagonista John W. "Thack" Thackery. Além de Impeachment, o ator tem outro drama anotado em sua agenda. Ele estará em Lisey's Story, atração do J.J. Abrams para o streaming Apple TV+, no qual o britânico irá contracenar com Julianne Moore.
Owen começou sua carreira há três décadas, mas só explodiu mesmo no cenário do cinema internacional com Crupiê - A Vida em Jogo (1998). Ele passou a figurar no circuito de premiações com Closer - Perto Demais (2004), que lhe rendeu uma indicação ao Oscar e o prêmio de melhor ator coadjuvante no Globo de Ouro.
Oito anos depois, ele dividiu cenas com Nicole Kidman no telefilme da HBO Hemingway & Gellhorn (2012). A produção emplacou 15 indicações ao Emmy, uma para Owen, inclusive. Mas o longa obteve apenas duas vitórias: composição musical e edição de som.
Impeachment: American Crime Story é uma adaptação do livro A Vast Conspiracy: The Real Sex Scandal that Nearly Brought Down a President (Uma Conspiração Enorme: O Escândalo Sexual Real que Quase Derrubou um Presidente, em tradução livre).
Em 26 de janeiro de 1998, Clinton convocou uma entrevista coletiva para negar que tivesse se envolvido com Monica Lewinsky, ao contrário do que divulgava a imprensa. Ele estava ao lado da primeira-dama, Hillary, e do vice-presidente, Al Gore.
Investigações de órgãos independentes do governo norte-americano, reportagens da mídia e um depoimento de Monica Lewinsky desmentiram Clinton. O presidente e a estagiária tiveram um caso entre 1995 e 1997, que foi de conversas picantes por telefone a sexo oral dentro da Casa Branca. Monica chegou a entregar como prova um vestido azul manchado de sêmen, que seria de Clinton.
Devido à mentira contada em frente às câmeras, Clinton enfrentou um processo de impeachment por perjúria e obstrução de justiça, mesmo após admitir, sete meses depois da fatídica coletiva, que de fato se relacionou com a estagiária.
A votação do impeachment de Clintou durou 21 dias no Senado norte-americano. O presidente foi absolvido de todas as acusações em 12 de fevereiro de 1999.
Hillary se manteve fiel ao marido e não pediu o divórcio. Ela depois virou senadora (por Nova York), secretária de Estado (no governo de Barack Obama) e perdeu a última eleição presidencial para Donald Trump em novembro de 2016.
Com o papel de Bill Clinton definido, agora falta escalar uma atriz para viver Hillary na minissérie. Parte do elenco principal está certa, com Monica Lewinsky sendo interpretada por Beanie Feldstein (What We Do in the Shadows). A atriz Sarah Paulson (ACS: O Povo Contra O.J. Simpson) viverá a funcionária pública Linda Tripp e Annaleigh Ashford (Masters of Sex) será Paula Jones, recepcionista de um hotel que acusou Clinton de assédio sexual.
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