Menu
Pesquisar

Buscar

Facebook
X
Instagram
Youtube
TikTok

CRÍTICA

Bridgerton: Sem o duque, 2ª temporada aposta em tensão sexual de novo casal

Divulgação/Netflix

Jonathan Bailey ajuda Simone Ashley a atirar em cena da 2ª temporada de Bridgerton

Simone Ashley e Jonathan Bailey na 2ª temporada de Bridgerton; série retorna nesta sexta (25)

ANDRÉ ZULIANI

andre@noticiasdatv.com

Publicado em 25/3/2022 - 6h35

Uma das maiores séries da história da Netflix, Bridgerton retorna com novos episódios em sua segunda temporada nesta sexta-feira (25). Sem a presença do duque gato vivido por Regé-Jean Page no primeiro ano, a atração aposta na tensão sexual avassaladora do novo casal protagonista, Jonathan Bailey e Simone Ashley, para conquistar velhos e novos fãs.

Quando estreou a primeira temporada, em dezembro de 2020, Bridgerton era uma aposta do serviço de streaming por contar com Shonda Rhimes, autora por trás de sucessos como Grey's Anatomy e Scandal (2012-2018), como produtora executiva. Baseada na obra literária escrita por Julia Quinn, a série tinha um ar novelesco e misturava sexo, humor e escândalos com precisão.

O que era apenas uma aposta, no entanto, se tornou um dos grandes fenômenos da plataforma, ao lado de atrações como Stranger Things e The Crown. A história de amor do casal Daphne Bridgerton (Phoebe Dynevor) e Simon Basset (Page) conquistou o mundo e fez os fãs aguardarem ansiosos por novos episódios.

A espera chegou ao fim com a estreia do segundo ano, que troca o casal protagonista e deixa de lado o romance entre Daphne e Simon para focar em uma história de amor (um tanto quanto) proibida. Inspirada no segundo livro de Julia Quinn, intitulado O Visconde que me Amava, a nova leva dá destaque a Anthony Bridgerton (Bailey), irmão de Daphne, e sua relação com a recém-chegada Kate Sharma (Simone).

Logo nas primeiras cenas da segunda temporada a série faz uma passagem de bastão simbólica entre os irmãos Bridgerton. Depois de sofrer com as fofocas e os olhares tortos da alta sociedade de Londres no primeiro ano, Daphne se diz grata por "entregar" o foco do momento a Anthony.

DIVULGAÇÃO/NETFLIX

Daphne retorna com menos destaque

Antes considerado um libertino e amante fugaz das donzelas de Londres, Anthony decide assumir de vez as duas responsabilidades como representante do clã Bridgerton e suas funções como visconde. Para isso, ele aceita se casar e cumprir o código de conduta estabelecido pela sociedade conservadora.

É aí que entram as duas novas protagonistas da história. As irmãs Kate e Edwina Sharma (Charithra Chandran) retornam a Londres com a sua mãe depois de anos vivendo na Índia para apresentar Edwina, a caçula, aos solteiros mais cobiçados da cidade. Com a rainha Charlotte
(Golda Rosheuvel) escolhendo a jovem como o diamante da temporada, ela ganha os olhos de Anthony como a mulher ideal para se tornar sua.

O problema é que Kate, já conhecendo as intenções de Anthony, se torna um empecilho para o casal e proíbe o rapaz de cortejar a irmã. Uma relação de rivalidade nasce entre os dois, já que o irmão de Daphne nunca se viu desafiado por uma moça com tanta personalidade como Kate.

Da rivalidade nasce uma tensão sexual avassaladora, e o ódio inicial entre os dois torna-se uma paixão impossível de ser consumida. Com o futuro de Edwina e sua família em jogo, Anthony e Kate fazem de tudo para negar os sentimentos --mesmo que, para alguns, isto já esteja escancarado desde o início.

Se Simon e Daphne se destacaram pelas cenas quentes e até uma maratona de sexo, desta vez Bridgerton deixa os hormônios de seus personagens à flor da pele, mas sem consumação. A decisão do showrunner Chris Van Dusen mostra-se acertada, já que a química entre Bailey e Simone beira a perfeição. Apenas com olhares e toques, o novo casal conquista até o mais cético dos espectadores.

DIVULGAÇÃO/NETFLIX

Penelope e Eloise na 2ª temporada

Ciente dos acertos da primeira temporada, Van Dusen também abre mais espaço para que personagens que se tornaram destaque, como Eloise (Claudia Jessie), Penelope (Nicola Caughlan), Lady Danbury (Adjoa Andor) e até a rainha Charlotte (Golda Rosheuvel) --criada exclusivamente para a série-- retornem com ainda mais momentos marcantes.

Danbury e Charlotte, inclusive, formam uma das melhores duplas entre todas as séries originais da Netflix. Relacionadas diretamente com a situação entre Anthony e Kate, as duas brilham como duas velhas amigas com opiniões tão ácidas quanto suas atitudes. Elas ainda ganham o reforço de Edwina, cujo trabalho de Charithra Chandran a coloca como a melhor adição ao núcleo secundário da segunda temporada.

Apesar de se estender demais no triângulo amoroso e de oferecer algumas resoluções fáceis para criar drama entre os personagens --principalmente no mistério envolvendo a identidade de Lady Whitlesdown--, o segundo ano mantém o brilho da primeira temporada mesmo com o desfalque do duque de Hastings.

Com as terceira e quarta temporadas já confirmadas, Bridgerton retorna estabelecida como uma das melhores séries originais da Netflix. Sem Van Dusen no comando, que entregará a função de showrunner para Jess Brownell, a produção tem como missão manter a qualidade dos anos iniciais. Caso o objetivo seja atingido, o céu é o limite para os integrantes da família.

Assista ao trailer da segunda temporada de Bridgerton:


Mais lidas


Comentários

Política de comentários

Este espaço visa ampliar o debate sobre o assunto abordado na notícia, democrática e respeitosamente. Não são aceitos comentários anônimos nem que firam leis e princípios éticos e morais ou que promovam atividades ilícitas ou criminosas. Assim, comentários caluniosos, difamatórios, preconceituosos, ofensivos, agressivos, que usam palavras de baixo calão, incitam a violência, exprimam discurso de ódio ou contenham links são sumariamente deletados.