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RECAP S17E12

Black Lives Matter 'invade' Grey's Anatomy em episódio tenso e político

Fotos: Divulgação/ABC

Miranda Bailey (Chandra Wilson) tira máscara de proteção e expira profundamente em cena de Grey's Anatomy

Bailey (Chandra Wilson) se desespera com pacientes em meio a protestos do Black Lives Matter

LUCIANO GUARALDO

luciano@noticiasdatv.com

Publicado em 8/6/2021 - 21h55

Para retratar cada etapa da pandemia de Covid-19, Grey's Anatomy congelou o tempo. O capítulo exibido nesta semana no Sony Channel se passa em 26 de maio do ano passado, data em que marchas do Black Lives Matter tomaram conta de Seattle. Médicos invadiram as ruas, manifestantes atacados pela polícia foram para o hospital, e o racismo virou tema de debate em um episódio cheio de tensão e política.

Ciente da importância do movimento, Richard Webber (James Pickens Jr.) dispensou do trabalho qualquer profissional que quisesse se juntar à marcha --ele mesmo foi para as ruas mais uma vez e revelou um passado repleto de manifestações e cicatrizes de enfrentamentos com autoridades.

Do outro lado do embate, Jackson Avery (Jesse Williams) manteve seus privilégios de jovem rico e decidiu que trabalhar para atender eventuais feridos seria sua melhor opção --tudo sob o olhar orgulhoso da mãe, a milionária Catherine Fox (Debbie Allen).

Os dois mundos se chocaram quando Richard voltou correndo ao Grey Sloan acompanhado de Nell (Phylicia Rashad), manifestante que ficou com uma lata de gás lacrimogêneo atirada pela polícia alojada no ombro. Jackson se abalou com a disposição da veterana de ainda ir para as ruas lutar pelos direitos dos negros mesmo com a idade avançada, e passou a questionar sua criação --mais um passo rumo ao destino iminente do personagem.

O debate sobre o racismo não ficou restrito aos pacientes. Winston (Anthony Hill) estava voltando para Seattle para ficar com Maggie (Kelly McCreary) depois de pedi-la em casamento. No meio do caminho, porém, ele foi abordado por guardas rodoviários e forçado a encostar na rodovia.

A médica, que escutava tudo pelo telefone, ficou desesperada com a possibilidade de o noivo ser mais uma vítima da brutalidade policial e quase não conseguiu operar seu paciente --um rapaz negro que tinha sido atingido por uma bala de borracha.

Nell impressionou Jackson com bravura

Em meio a todo esse debate, o episódio Sign O' the Times (Sinal dos Tempos, em tradução literal) ainda achou espaço para abordar o negacionismo. Miranda Bailey (Chandra Wilson) teve de cuidar de um paciente que apresentava sintomas de Covid-19, mas negava a existência do coronavírus.

A cirurgiã, que perdeu a mãe para a doença e ainda está abalada com toda a pressão de cuidar de dezenas de pessoas --e ver muitas delas morrerem--, fez de tudo para convencer Chad (Coby Ryan McLaughlin) de que a pandemia é real e não uma conspiração mundial para que o sistema hospitalar ganhasse mais dinheiro em cima da população. Mas não conseguiu.

Sem aceitar o tratamento, Chad deixou o hospital por conta própria e teve um colapso a poucos metros da entrada. Os médicos até tentaram salvá-lo, sem sucesso. E Bailey teve duas crises: de consciência, por não ter feito tudo que podia pelo paciente, e de raiva, por ainda se deparar com pessoas que negam a existência do vírus.

No fim do episódio, Jackson confrontou a mãe sobre a necessidade de eles usarem sua fortuna para fazerem mais coisas boas para quem precisa, mas ela deixou claro que já lutou muito para chegar onde está hoje, e que ele não pode culpá-la por ter sido criado com luxo. O cirurgião, então, arrumou uma mala, entrou em seu carro e programou o GPS para um destino não revelado, localizado a 11 horas de Seattle.

Depois de um hiato de dois meses, o Sony Channel voltou a exibir episódios inéditos de Grey's Anatomy no início de maio. Novos capítulos vão ao ar toda terça-feira, às 21h --se seguir a transmissão dos Estados Unidos, o canal pago não deverá mais fazer nenhuma pausa. A série foi renovada para a 18ª temporada após Ellen Pompeo fechar um novo contrato com a rede ABC.


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