Casamento às Cegas Brasil é o maior surto entre os realities de namoro; saiba mais

A maioria dos reality shows de relacionamento têm como objetivo formar novos casais ou apenas incentivar a pegação, e o que os participantes fazem depois que encontram seus pares fica longe das câmeras. O Casamento às Cegas revoluciona esse conceito e apresenta diferentes níveis de surto. Além de as pessoas decidirem se casar sem nunca terem se visto, o programa mostra toda a trajetória até o altar, das noites quentes às discussões pesadas de relação. A versão brasileira do reality da Netflix estreia nesta quarta (6). 

Apresentado por Camila Queiroz e Klebber Toledo, o reality segue os mesmos moldes que fizeram muito sucesso na versão norte-americana, lançada em fevereiro de 2020. Num primeiro momento, 32 homens e mulheres solteiros se dispõem a participar do experimento: eles ficam confinados num hotel e passam seus dias frequentando cabines. De um lado ficam os homens; do outro, as mulheres. Separados por uma parede, eles não podem se ver, apenas se ouvir. 

A partir daí, os pretendentes tentam formar "conexões", expressão que usam muito. No início, eles têm apenas 15 minutos de conversa para sentirem se gostam da pessoa ou não. Conforme os papos engatam, os pares começam a se encontrar mais vezes e com mais tempo. 

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Ainda assim, em poucos dias eles já se sentem intimamente conectados e pedem uns aos outros em casamento para valer, acreditando no amor puro, verdadeiro e completamente independente da atração física. Neste ponto, telespectadores mais céticos terão certeza de que o Casamento às Cegas Brasil se trata de um grande surto coletivo. 

Depois do 'aceito'

Após terem um breve encontro para se verem pela primeira vez, os casais formados vão para uma "lua de mel", um retiro num hotel luxuoso. Lá, eles têm a primeira noite juntos, o que mostra uma clara diferença entre o reality gringo e o brasileiro.

Nos Estados Unidos, poucos foram os casais que transaram assim que possível --houve até um que ficou sem sexo até o fim da temporada. Já na versão nacional, os casais não perdem tempo e partem logo para os "finalmentes" --a câmera mostra momentos quentes entre eles na cama, mas sem sexo explícito. 

Tudo vai muito bem, mas a partir daí os pombinhos têm 30 dias até a união de fato e passam por todo o percurso para uma cerimônia de casamento: escolha de vestidos, doces, conhecer a família um do outro e, o "pior" de tudo, a convivência. 

Do quarto episódio para frente, o público acompanha diversos momentos de tensão dos casais, com muito choro, desavença e surto. O amor que parecia óbvio e indestrutível dentro das cabines já não é mais tão perfeito assim. No último episódio, os casais enfim sobem ao altar, e resta saber quem dirá "sim" e quem dirá "não" ao noivo ou noiva à sua frente. E, é claro, se mais barracos sairão daí. 

Apesar de ser um reality show, o formato acaba funcionando muito como uma novela, em que o telespectador acompanha os dramas e romances daqueles personagens. Assim como aconteceu na versão original, a edição brasileira acerta muito na seleção do elenco, que forma casais interessantes, com boas dinâmicas e diferenças entre si (que geram conflito, algo fundamental para reality shows). 

Casamento às Cegas Brasil cumpre seu papel de entretenimento e é capaz de prender desde os mais românticos, que vão acreditar no amor verdadeiro acima de tudo, até os mais incrédulos, que se divertirão com as desventuras dos participantes emocionados demais e acharão tudo bizarro. 

Os quatro primeiros episódios do reality já estão disponíveis na plataforma, e os demais entrarão para o catálogo em duas ocasiões: a segunda parte em 13 de outubro, e a última no dia 20.