'Verde' em Flor do Caribe, Grazi Massafera quer rir do próprio sofrimento

A reprise de Flor do Caribe (2013) dará a chance de Grazi Massafera acertar as contas com o passado. Pela primeira vez na carreira, a atriz poderá acompanhar a reapresentação de um dos seus trabalhos e pretende pegar leve nas críticas à própria atuação como a mocinha Ester. "Eu vou rir de me ver sofrendo para fazer as cenas", confessa.

A personagem foi a sua segunda protagonista após uma desastrosa experiência como a Lívia de Negócio da China (2008), um dos fracassos mais retumbantes da Globo. "Várias fichas caíram sobre a profissão e acho que, de lá para cá, eu me apaixonei pelo meu ofício. Hoje eu me divirto mais. Até então trabalhar era um sofrimento", entrega a artista ao Notícias da TV.

A trama que substituirá Novo Mundo na faixa das seis foi uma espécie de virada para a intérprete, que até então tinha se arriscado na teledramaturgia pelo retorno financeiro. "Eu estava à flor da pele, tinha acabado de ser mãe. Eu sofria com aquela rotina, mas aos poucos fui aprendendo a curtir cada momento. Foi uma espécie de graduação", pontua.

E AGORA?

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Ela admite que ainda estava muito crua e tinha poucos recursos em comparação a sua performance atual --referendada por uma indicação ao Emmy Internacional pelo papel de Larissa em Verdades Secretas (2015).

"Eu sempre usava muito as minhas emoções, sentia falta de construir mesmo o personagem, porque não conseguia descolar de mim. Eu comecei a tatear ali o processo que levaria até a Larissa. Foi o primeiro passo. Hoje, eu tenho esse discernimento e estudo para chegar na emoção que a sequência precisa", avalia a mãe de Sofia, de 8 anos.

A filha, inclusive, é um dos seus trunfos para relaxar e assistir à reapresentação sem se torturar pela própria imaturidade cênica. "A energia agora é completamente diferente, claro que vou criticar, mas vou rir muito também. Vou me esforçar para colocar tudo na balança", revela.

A produção assinada por Walther Negrão será a segunda novela que as duas assistem juntas. "A primeira foi Bom Sucesso [2019], em que se divertia muito, então acho que vai ser bom para nós duas. A trama é leve, bonita, ótima para os tempos em que a gente vive hoje", arremata a intérprete em referência à pandemia de coronavírus (Covid-19).