Quem era Tibério na Pantanal antiga? Peão grudava na viola até fora de cena

Tibério está sempre a postos em volta da fogueira para dedilhar as modas mais tristes a pedido de algum peão com dor de cotovelo em Pantanal. Assim como o cantor mineiro Guito na novela das nove, o primeiro intérprete do violeiro também tem um pezinho na música. Trata-se de Sérgio Reis.

Dono do hit Panela Velha, o cantor firmou uma parceria profícua com o autor Benedito Ruy Barbosa. Ele fez a estreia como galã de novelas na primeira versão de Paraíso (1982), na Globo, em que interpretou Diogo. 

Reis ainda acompanhou o avô de Bruno Luperi na mudança para a extinta Manchete (1983-1999). O novelista até apresentou o projeto de Pantanal para a líder de audiência, mas a produção foi engavetada. A rede dos Bloch comprou a ideia, se deu bem e chegou a incomodar a rival.

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O primeiro Tibério já tinha boa parte das características mostradas por Guito na novela das nove. Ele também era o braço direito de José Leôncio (Claudio Marzo) e se apaixonava à primeira vista por Muda (Andréa Richa), disputado o coração dela com Levi (Rômulo Arantes).

Ruy Barbosa ainda contou com o músico na pele de Zé Bento em O Rei do Gado (1994). Ele e Aparício (Almir Sater) formavam a dupla Pirilampo e Saracura, cujas músicas na história fizeram tanto sucesso que foram compiladas em um dos álbuns de trilha sonora.

REPRODUÇÃO/MANCHETE

Sérgio Reis e Andréa Richa em Pantanal

Por onde anda Sérgio Reis?

O último papel fixo de Reis foi Geraldo em Bicho do Mato (2006), na Record, mas ele ainda fez uma breve participação como Diogão no remake de Paraíso (2009), na Globo. Em 2010, o artista se filiou ao PR (Partido da República) e se candidatou pela primeira vez a deputado federal por Minas Gerais.

Em 2014, ele tentou novamente uma vaga na Câmara dos Deputados pelo PRB (Partido Republicado Brasileiro) e foi eleito como um dos representantes de São Paulo. Por questões de saúde, o sertanejo não tentou a reeleição.

Aos 89 anos, Reis continua com a rotina de shows e a se posicionar politicamente por meio das redes sociais. Ele é um dos principais apoiadores do governo Bolsonaro, envolvendo-se em uma polêmica ao convocar uma greve dos caminhoneiros em 2021.

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