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CONTRA STF

Sérgio Reis assume erro após áudio vazar e aceita até ser preso: 'Eu me entrego'

REPRODUÇÃO/RECORD

Sérgio Reis olha para baixo, veste camiseta preta e chapéu preto

Sérgio Reis em entrevista ao Domingo Espetacular; cantor conversou com Roberto Cabrini

REDAÇÃO

redacao@noticiasdatv.com

Publicado em 22/8/2021 - 21h59

Após ter um áudio vazado com planos de afastar ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), Sérgio Reis pediu desculpas pela atitude e afirmou que não irá resistir caso receba ordem de prisão: "Se às 6h da manhã vier a Polícia Federal, eu me entrego".

Neste domingo (22), o sertanejo concedeu entrevista a Roberto Cabrini, no Domingo Espetacular, da Record. Durante a conversa, o músico se exaltou ao falar sobre o conteúdo da mensagem de voz que havia trocado com um amigo.

"Esquece esse áudio, pô, eu errei, dá licença de eu errar? Acabou! Morreu! Não fala mais. Eu errei, quero me redimir com esse povo, peço desculpas até ao Supremo. Se tiver algum pedido para me prender, aceito, com respeito. Não saí daqui, não me escondi. Se às 6h da manhã vier a Polícia Federal, eu me entrego", assegurou o apoiador de Jair Bolsonaro. 

O cantor ainda definiu a ameaça ao STF como um momento de descontração.  "Eu errei cara, quem não erra? Quem não faz uma bobagem um dia? Eu não me arrependo de nada, só dessa frase infeliz que vazou. Não é a realidade, se eu falei, foi brincando". 

No áudio vazado, o artista de 81 anos revela seus planos de entregar um documento ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), para a aprovação do voto impresso e a derrubada dos 11 ministros do STF: 

"Eles vão receber um documento assim: 'Vocês tem 72 horas para aprovar o voto impresso e para tirar todos os ministros do Supremo Tribunal Federal. Não é um pedido, é uma ordem'. É assim que eu vou falar com o presidente do Senado. Isso é uma ordem. 'Se vocês não cumprirem em 72 horas, nós vamos dar mais 72 horas, só que nós vamos parar o país'". 

"Enquanto o Senado não tomar essa posição, nós vamos ficar em Brasília e não sairemos de lá até isso acontecer, [pode ser] uma semana, dez dias, um mês. Se em 30 dias eles não tirarem aqueles caras, nós vamos invadir, quebrar tudo e tirar os caras na marra", completa ele em outro trecho. 

Arrependido 

Ainda durante a entrevista ao Domingo Espetacular, Sérgio Reis afirmou que ficou depressivo após ter a mensagem de voz vazada. "Fiquei triste. Passei mal, eu só penso no bem dos outros. Agora, estão querendo acabar comigo como se eu fosse bandido, mas eu não sou bandido. Eu sou democrático, eu sou do bem, eu sou do amor", declarou ele. 

O músico ainda falou sobre os prejuízos em sua carreira após a divulgação do áudio. Ele afirmou que já perdeu contratos de quatro shows e comerciais de televisão. "Não sei nem como vou pagar minhas contas", soltou ele. 

Ângela Márcia Firmo, mulher do músico que também participou da conversa com Cabrini, disse não concordar com o comportamento do marido, mas não deixou de defendê-lo. 

"Não é justo, ele errou feio, mas ele estava desabafando com um amigo", disse ela, aos prantos. "O homem quando está [conversando com um amigo], ele se empolga, fala coisas que nem deveria falar. Eu penso assim, me desculpe se eu estiver errada", completou.

Alvo da Polícia Federal

Na sexta-feira (20), o cantor virou alvo de uma operação de busca e apreensão da Polícia Federal. O deputado federal Otoni de Paula (PSC) é investigado na mesma operação.

Ao todo, foram 13 mandatos expedidos pelo próprio STF e autorizados pelo ministro Alexandre de Moraes. Os agentes da Polícia Federal foram a 29 endereços ligados ao cantor no Distrito Federal, além de Santa Catarina, São Paulo, Rio de Janeiro, Mato Grosso, Ceará e Paraná.

"O objetivo das medidas é apurar o eventual cometimento do crime de incitar a população, através das redes sociais, a praticar atos violentos e ameaçadores contra a Democracia, o Estado de Direito e suas Instituições, bem como contra os membros dos Poderes", afirmou a PF, em nota enviada à imprensa.

Confira trechos da entrevista: 


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