SER MÍSTICO
REPRODUÇÃO/TV GLOBO
Osmar Prado interpreta a entidade Velho do Rio no remake de Pantanal, novela das nove da Globo
Em 1990, o autor Benedito Ruy Barbosa criou um dos personagens mais icônicos da televisão na novela Pantanal, exibida pela extinta Manchete (1983-1999). Interpretado por Cláudio Marzo (1940-2015), o Velho do Rio era uma entidade que cuidava do bioma e se transformava em sucuri na trama original.
Assim como no remake da Globo assinado por Bruno Luperi, neto de Barbosa, o homem virou lenda quando foi atrás de um boi bravo fugido de sua fazenda. Na pele de Joventino, também interpretado por Marzo, ele morreu em meio à natureza, mas seu corpo nunca foi encontrado. O peão, então, renasceu como o ser místico do pantanal e participou das duas fases do folhetim.
Na história, o também curandeiro se apresentava de duas formas: como cobra sucuri, a maior de todas; e em pele e osso ele não se mostrava para todos. Jove (Marcos Winter), neto dele, o via, e Juma (Cristiana Oliveira) não só o enxergava, como também foi criada por ele após a morte de Maria Marruá (Cássia Kiss). Xéreu Trindade (Almir Sater), peão violeiro com visões sobrenaturais, era outro que tinha contato com o ancião.
Na primeira versão, José Leôncio só encontrou o pai quando morreu, no último capítulo da novela. O guardião e o filho tiveram uma conversa à margem do rio, e o idoso disse ao herdeiro que o bioma precisava de um protetor mais jovem, e passou o seu manto ao "rei do gado".
Reprodução/Manchete
Cláudio Marzo interpretou Velho do Rio
Na novela das nove da Globo, o encantado é interpretado por Osmar Prado. A figura viverá rondando as matas, também como uma espécie de guardião, ajudará a quem precisa e fará justiça em nome da natureza. Ele comentou sobre o personagem ao Notícias da TV:
Ele mexeu tanto comigo que fiquei recluso quando fui para Mato Grosso do Sul. Eu peço até desculpas a Almir Sater, porque fui deselegante e não aceitei o convite para conhecer a casa dele. O papel me exige uma simplicidade extrema, porque a liberdade para ele é não ter nada. A gente vive numa sociedade em que é preciso ter tudo. O Velho do Rio me trouxe muita coisa. A sua empatia, o seu amor, a sua leveza e, sobretudo, a sua justiça.
No programa É de Casa de sábado (9), Prado definiu o personagem como alguém que faz as próprias regras. "Ele é uma entidade, ele tem uma filosofia própria, e essa filosofia vai muito na contramão da tendência de como o homem moderno explora a terra. Um protetor da fauna e da flora, um crítico severo do comportamento desleal, da ganância e da exploração do homem através de queimadas", afirmou.
"Ao morrer, ele virou parte daquela floresta, ele encantou-se como uma sucuri, como eles dizem, a maior e mais valente. Tem duas formas de ele se apresentar: como homem e como sucuri", acrescentou o veterano sobre o Velho do Rio.
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