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A FERA DA BELA

Maria Marruá desperta onça de Juliana Paes em Pantanal: 'Natureza selvagem'

JOÃO MIGUEL JUNIOR/TV GLOBO

A atriz Juliana Paes, com o rosto marcado por rugas e mancha de sol, como a Maria Marruá em Pantanal

Maria Marruá (Juliana Paes) em Pantanal; segundo os populares, ela vira onça sob a lua cheia

DANIEL FARAD

vilela@noticiasdatv.com

Publicado em 21/3/2022 - 6h40

Segundo a crença popular, Maria Marruá se transforma em uma onça nas noites de lua cheia e sai para caçar em Pantanal. Ela, porém, não é a única a colocar esse lado animalesco para fora. Juliana Paes também se viu diante de sua fera interior assim que pôs os pés no Mato Grosso do Sul para gravar a nova novela das nove da Globo.

"O pantanal tem uma energia de contemplação que fica impregnada na gente. Você inevitavelmente entra em contato com a sua natureza mais selvagem. Entra na sua toca, fica muito mais conectada com os próprios desejos", filosofa a atriz em entrevista ao Notícias da TV.

Maria precisa virar uma onça para superar uma série de perdas, como a do marido, Gil (Enrique Diaz), e criar a filha Juma (Alanis Guillen) sozinha em meio à planície pantaneira:

Ela foi forjada na dor antinatural que é perder três filhos. Marcada pela violência, perda da identidade, da terra que era sua. Quando você não tem mais nada, só tem a si mesmo. Só os próprios instintos. É um lugar de dor, de solidão, que a leva a abrir mão de coisas que são intrínsecas para o ser humano.

Juliana explica que, ao perder sua humanidade, a matriarca dá vazão aos instintos mais primitivos para defender a personagem de Alanis Guillen:

"Apesar de todas as dores, ela reencontra esse lugar de amor quando Juma nasce. Ela tinha acabado de perder o Gil [Enrique Diaz], que é o seu único ponto de apoio e, de repente, percebe que a vida não para. Apesar de tudo, o ciclo continua. Eu acredito que o público vai se identificar com essa vontade dela de seguir em frente."

A intérprete ainda acrescenta que o folhetim de Bruno Luperi, que estreia no próximo dia 28, não deixará claro se Maria realmente se transforma em uma onça-pintada:

A gente escolheu trabalhar mais o mistério, a dúvida. Ela realmente vira um animal ou é apenas falatório do povo? Essa história da onça não é apenas a sensação de alguém que viu uma mulher tão forte quanto o bicho? Nós não vamos ter nenhuma cena ao estilo X-Men, em que a minha personagem vai se transformar. Cada um vai entender essa história à sua maneira.

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