Irene Ravache elogia tesão da terceira idade em Pega Pega: 'Direito de amar'

Irene Ravache acredita que a autora Claudia Souto acertou em cheio ao mostrar que ainda batia um coração dentro do peito de Sabine em Pega Pega. Em meio às inúmeras vilanias, a megera também teve seus momentos de leveza ao disputar o amor de Pedrinho (Marcos Caruso) com Arlete (Elizabeth Savala) na novela das sete da Globo.

"Era um triângulo que não só envolvia personagens completamente diferentes, mas que também dava a oportunidade para os telespectadores verem pessoas mais velhas ainda exercitando a sua vontade, o seu direito de amar", avalia a veterana ao Notícias da TV.

A atriz diz que, de cara, já sabia que a sócia de Eric (Mateus Solano) não tinha muita chance com a rival --e não só porque teria de pagar pelos seus crimes no último capítulo. "A Arlete era uma mulher real, autêntica e, mesmo com todos os seus problemas com a Justiça, de um caráter muito bom. Bobo seria o Pedrinho se não se encantasse por ela", dispara.

E AGORA?

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UNIÃO DO MAL

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Aos 76 anos, Irene declara que foi um êxtase poder exercitar esse jogo de sedução. "E não só eu, porque todos os personagens são extremamente envolventes, não à toa as pessoas torceram até pelos ladrões. Não há maniqueísmo, ninguém é bom ou mau. Aí, não tem jeito, explode o tesão [pelo trabalho]. É delicioso", entrega.

Em tom de galhofa, a artista faz uma única ressalva à produção, que ganhou uma reprise para que a Globo possa concluir as gravações da inédita Quanto mais Vida, Melhor. "Quem poderia julgar que um dia eu, a Elizabeth Savala e Angela Vieira iríamos nos apaixonar justamente pelo Marcos Caruso? O que aconteceu?", dispara a veterana, às gargalhadas.

Sabine e Pedrinho em cena de Pega Pega

Perigosa Perua

Irene não esconde que as maldades de Sabine foram bem menos complicadas do que se equilibrar em cima de seus saltos altos --grifados, diga-se de passagem. "Eu sou muito grata à equipe de caracterização, porque eu chegava de moletom e, de repente, virava uma mulher sofisticada, pronta para ir a um coquetel às sete da manhã", entrega.

Ela ainda frisa que esses profissionais deveriam ser ainda mais valorizados em um momento de pandemia, no qual vários enfrentam dificuldades financeiras por conta da paralisação do setor artístico.

"São eles que nos recebem quando chegamos com as nossas alegrias e mazelas do dia anterior, seja de bom ou mau humor. Eles são os os primeiros que colocam a mão na gente e, muitas vezes, vêm de longe e sem o conforto da gente que tem um motorista à disposição", elogia a intérprete.

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