Globo dá chega para lá em reprises e marca estreia de Nos Tempos do Imperador

Com as reprises em baixa e a "edição especial" de Império de mal a pior, a Globo preferiu não arriscar e escalou Nos Tempos do Imperador para substituir A Vida da Gente. Com estreia marcada para 9 de agosto, a novela das seis chega ao ar com mais de um ano de atraso, já que originalmente deveria substituir Éramos Seis (2019) em abril de 2020 --e foi postergada pela pandemia de Covid-19.

A história volta a acompanhar a família imperial do Brasil quase três décadas depois dos acontecimentos de Novo Mundo (2017), com dom Pedro 2º (Selton Mello) à frente do trono.

"Foi a mesma sensação de ter uma sinopse aprovada, o melhor sentimento possível", pontua Alessandro Marson, um do autores da trama, em comunicado enviado pela Globo à imprensa nesta quarta (30). "Estamos escrevendo desde março de 2018 e foi um choque gigante ficar sem saber quando iríamos lançar", acrescenta Thereza Falcão, que também assina o projeto como titular.

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A expectativa da líder de audiência era estrear já com todos os capítulos gravados e, assim, evitar que a produção fosse mais uma vez paralisada por uma eventual piora da pandemia. Uma fonte do Notícias da TV nos bastidores, no entanto, revela que a produção estreará ainda "incompleta" e deverá ser finalizada no mais tardar em setembro.

Por se tratar de um folhetim de época, as gravações foram mais demoradas do que o planejado por conta das medidas de segurança contra o Sars-Cov-2.

"Estamos aprendendo a fazer novelas desta forma. O protocolo nos provoca a fazer algumas coisas diferentes do que estávamos acostumados. Contamos a nossa história seguindo todas as normas e com todos muito empenhados em fazer o melhor possível", avalia o diretor artístico Vinícius Coimbra.

Entre fatos e ficção

Nos Tempos do Imperador vai misturar realidade e ficção para acompanhar a vida de dom Pedro 2º muito além do trono e das disputas políticas do Brasil Império. O monarca também se verá dividido entre o casamento arranjado com a imperatriz Teresa Cristina (Letícia Sabatella) e a paixão arrebatadora por Luísa, a Condessa de Barral (Mariana Ximenes).

Assim como em Novo Mundo, os autores também vão apostar em heróis que não existem nos livros de história. A história de amor entre Pilar (Gabriela Medvedovski) e Jorge (Michel Gomes) vai servir de contraponto aos dados oficiais, assim como as aventuras de Joaquim (Chay Suede) e Anna (Isabelle Drummond) no trabalho anterior.

"O resgate do contexto histórico somado às histórias envolventes e inspiradoras dos protagonistas constroem uma novela com muita brasilidade, que promete gerar identificação com o público e abrir debates para temas contemporâneos”, aposta Coimbra.