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ANACRÔNICA

Em que ano se passa Renascer? Novela usa recurso para criar realidade atrasada

REPRODUÇÃO/TV GLOBO

A atriz Duda Santos está com cabelos soltos como Santinha em Renascer

Maria Santa (Duda Santos) está em cena da primeira fase do remake de Renascer, na Globo

MÁRCIA PEREIRA, colunista

marcia@noticiadastv.com

Publicado em 31/1/2024 - 10h00

Renascer começou no final dos anos 1980 e salta nesta semana para 1995,  quando Maria Santa (Duda Santos) morrerá. O curioso é que a trama parece ser bem mais antiga, quase de época, principalmente pelo olhar da mocinha --uma adolescente que acredita que engravidou de um beijo. Após se casar, ela ainda vai continuar vivendo atrasada, rejeitará ter filhos em hospitais e não aceitará sequer que chamem um médico para ajudá-la em seus partos. 

Bruno Luperi, autor responsável pela adaptação da saga, usa a mentalidade da jovem como um recurso para se manter fiel à história criada por seu avô, Benedito Ruy Barbosa. Na versão original, essa primeira fase se passava no começo dos anos 1960, para depois a história avançar para 1993, ano em que foi exibida pela Globo. 

Essa manobra do novelista deixa a trama sem cronologia, perdida no tempo. Mesmo com o folhetim situado nas profundezas do Brasil, é difícil acreditar em determinados "causos" de Renascer caso o público comece a pensar em como era a vida entre 1988 e 1989.

Para se ter uma ideia, nessa época uma boa parcela dos brasileiros acompanhava no horário nobre da Globo a novela Vale Tudo, que discutia a corrupção e a falta de ética no Brasil. Os jovens usavam roupas coloridas, liam a revista Capricho, em uma época que antecipava a chegada da MTV Brasil e da linguagem acelerada dos videoclipes. 

No sertão do Sul da Bahia, tudo bem estarem aquém da moda vista nas cidades grandes, mas a falta de comunicação e os pensamentos de alguns personagens deixam bem a desejar no quesito atualização da história. Embarque o público ou não na viagem proposta por Luperi. 

O Notícias da TV apurou até uma incoerência no roteiro entregue à produção: era para Santinha fazer um teste de gravidez de farmácia, em vez de ser submetida a uma checagem de virgindade por parte de Jacutinga (Juliana Paes). A mulher colocou a jovem em posição ginecológica para ter certeza de que ela não estava grávida, mas no capítulo o autor havia inserido o teste.

"Ainda num tendi por que a sinhora me mandô mijá nesse pauzinho", diria a mocinha. "Ó pra isso. Se tem uma certeza que eu tenho nessa vida, é que cê num tá prenha coisa nenhuma!", responderia a cafetina, olhando o teste.

A sequência foi alterada justamente para ser coerente com a falta de modernidade na saga rural. Os testes de gravidez de farmácia foram lançados em 1970 nos Estados Unidos.

A novela vai começar a avançar no tempo nesta quinta (1º), com uma passagem de semanas, e depois outra de nove meses para marcar a primeira gestação de Santinha. Na sexta-feira (2), saltará mais seis anos para mostrar o parto do quarto filho do casal de mocinhos e a morte da mulher de José Inocêncio (Humberto Carrão).

O público, então, verá no sábado (3) os filhos deles já grandinhos, em 2005, com o caçula aos dez anos. Na segunda (5), haverá a passagem de tempo final, para a segunda fase da história, que chegará aos dias atuais.


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