NICOLAS PRATTES
REPRODUÇÃO/TV GLOBO
O ator Nicolas Prattes interpreta o encrenqueiro Alfredo no remake de Angela Chaves
DANIEL FARAD, do Rio de Janeiro
Publicado em 18/2/2020 - 5h36
No dia em que se encheu de coragem para brigar pelo papel de Alfredo em Éramos Seis, Nicolas Prattes recebeu um sinal do destino de que conseguiria convencer Carlos Araújo, diretor artístico da trama, a lhe confiar o personagem. Durante uma corrida na praia, ele se deparou por acaso com o ator Tarcísio Filho, que deu vida ao cafajeste na adaptação do romance de Maria José Dupré (1898-1984) para o SBT em 1994.
"Eu me arrepio só de lembrar. Eu saí da reunião em que pedi para trocar de papel e fui direto para a orla. Passei uns vinte minutos correndo de cabeça baixa e, quando olhei para frente, dei de cara com o Tarcisinho. Ele passou de bicicleta por mim e até olhei para trás [para confirmar]. Ali comecei a chorar", confidencia o intérprete em entrevista ao Notícias da TV.
Durante o processo de preparação para o remake de Angela Chaves, o artista foi inicialmente escalado para interpretar Carlos. Com medo de se repetir ao emendar o quarto mocinho seguido em novelas, ele insistiu por três meses até finalmente trocar de personagem com Danilo Mesquita. O baiano, até então, era cotado para representar o encrenqueiro.
"Está sendo a experiência mais desafiadora que já tive. Sabia que ia ser assim, até porque só eu sei o quanto pedi para fazer esse papel e me tirar da zona de conforto. É algo mágico que não se explica, se experimenta", considera o galã.
Depois de tanta insistência, Nicolas provou que a mudança valeu a pena para a sua carreira. Ele roubou a cena como a ovelha negra da família Lemos, além de se destacar também nos embates de Alfredo com o pai, Júlio (Antonio Calloni). "Claro que gosto do reconhecimento, mas também adoro as críticas, porque sempre tiro alguma coisa delas para melhorar", pontua o carioca de 22 anos.
Nos próximos capítulos, Nicolas ganhará ainda mais evidência com a participação de Alfredo na Revolução de 1932. Durante o conflito armado, o filho de Lola (Gloria Pires) causará polêmica ao se envolver com Inês (Carol Macedo). Em meio a tiros e granadas, ele tirará a virgindade da cunhada nas cenas que serão exibidas na próxima segunda (24).
"A guerra é o único lugar em que isso poderia acontecer, porque os dois estão em uma situação limite. Você não tem certeza de até quando estará vivo, então todo dia é o último. Os dois são levados pelo instinto, é algo muito carnal, apesar do Alfredo ser apaixonado por ela desde a infância", justifica o ator.
A experiência no campo de batalha, inclusive, será fundamental para que o sobrinho de Clotilde (Simone Spoladore) finalmente amadureça na trama. "Ele dá uma abaixada na bola e percebe que não dá só para aproveitar a vida. Até porque a sua alma vai sendo arranhada à medida que ele perde pessoas que amava em sequência", explica.
Apesar dos dias de farra e transgressão ficarem para trás, o intérprete acredita que isso não significa um final feliz ao lado de Adelaide (Joana de Verona) ou qualquer outro interesse romântico do arruaceiro durante o folhetim.
"Eu torço para o Alfredo achar a felicidade que tanto busca, mas não sei se ele precisaria de uma mulher para isso. Queria que ele realmente se encontrasse, que deixasse de ser levado [pela vida]. Sei que ele gosta de água corrente, mas queria que no fim o mar não estivesse tão bravo", filosofa Prattes.
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