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SEM CONVITE

Autor da trilha de Pantanal, Marcus Viana ficou de fora do remake: 'Fiquei p*'

REPRODUÇÃO/INSTAGRAM

O cantor e compositor Marcus Viana; ele está tocando um violino de olhos fechados

Marcus Viana, compositor da música de abertura da primeira versão de Pantanal, em 1990

ARTHUR PAZIN

arthurpazin@noticiasdatv.com

Publicado em 7/10/2022 - 6h25

Pantanal encerra sua exibição nesta sexta (7). Apesar das várias homenagens a artistas envolvidos com a versão original, produzida em 1990 pela extinta TV Manchete (1983-1999), a novela das nove da Globo deixou de fora do remake a participação de Marcus Viana, autor da música de abertura.

Além de compor a canção, agora interpretada por Maria Bethânia, o cantor escreveu pelo menos outras cinco músicas da trilha sonora da primeira versão, entre elas o sucesso Amor Selvagem, tema de Juma (Cristiana Oliveira à época) e Jove (Marcos Winter, na primeira versão).

Em entrevista ao Notícias da TV, Marcus Viana conta que não recebeu convite para participar da trama ou integrar o time de produtores musicais. De acordo com Viana, antes da novela ir ao ar, ele foi procurado por sua editora musical para autorizar a regravação da música de abertura, feita por ele na Sagrado Coração da Terra, banda brasileira de rock progressivo.

Dada a autorização, o músico afirma ter entrado em contato com a Globo depois de ouvir a música com sua voz nas primeiras chamadas do remake. Segundo o cantor, a canção utilizada nos anúncios da trama foram reproduzidas do YouTube, a partir de uma gravação de DVD em orquestra publicada na plataforma.

"Me pareceu muito absurdo. Fiquei puto e liguei para os produtores musicais e falei com eles. Falei: 'Vocês foram contratados para fazer música, então por que tão usando minha chamada?'", relembra Viana, que avalia o uso da canção original nas chamadas como forma de cativar o público pela memória afetiva.

O artista, no entanto, reconhece que a obra se trata de um remake e já conta com uma equipe imensa. "Tem que renovar mesmo", reforça o cantor, que assegura que não esperava ser convidado. Apesar do ocorrido, Viana preparou no decorrer da trama uma nova versão de Amor Selvagem, tema do casal principal. "Eles me pediram uma nova versão, eu fiz, ficou muito boa, mas não foi usada", relata.

Ouça um trecho de Amor Selvagem na voz do cantor:

Falta de emoção

Além das faixas cantadas por Marcus Viana na primeira versão de Pantanal, o músico foi responsável pela trilha incidental (música de cena ou de fundo) do folhetim de Benedito Ruy Barbosa em 1990, elemento bastante marcante à época. "Era uma emoção ecológica", define o artista.

No remake, o cantor afirma ter se ressentido "terrivelmente" com a nova trilha incidental. "Fiquei aguardando grandes temas instrumentais que não vieram, e grandes músicos foram contratados para fazer a produção musical, mas era constantemente como se houvesse uma mão cerceando a criação", analisa.

Viana conta que chegou a perguntar para músicos envolvidos no projeto sobre as músicas incidentais que haviam sido apresentadas a ele no início da novela, mas ele foi informado que o material estava parado e não conseguiu descobrir o motivo.

"Depois procurei saber e parece que há uma nova estética que rege a emissora, uma exigência de se segurar o emocional, de não deixar ter arroubos. A sensação que eu tive é de que os músicos foram amarrados", afirma.

Apesar da ausência de fortes faixas na trilha incidental, Marcus Viana avalia a seleção das canções do remake como excelente. "Não tenho críticas à escolha, minha crítica é sobre a limitação dos músicos maravilhosos que trabalharam na produção musical e não puderam mostrar o seu trabalho", pontua.

Encontro de gerações

Ao longo dos oito meses em transmissão no horário nobre da Globo, a atual versão de Pantanal procurou homenagear artistas que trabalharam na trama original.

Logo no começo da história, Paulo Gorgulho, que interpretou José Leôncio jovem e José Lucas de Nada na primeira versão, fez uma ponta como um amigo do velho Joventino (Irandhir Santos).

Gisela Reimann, que viveu Érica, voltou como a mãe de sua personagem. Em uma cena que trouxe uma comitiva fantasma para a fazenda, Claudio Marzo (1940-2015), que foi tanto José Leôncio e o Velho do Rio, apareceu em imagens de arquivo. 

Almir Sater, que deu vida a Trindade na versão original, integrou o elenco do remake como o chalaneiro Eugênio. Já Marcos Palmeira, intérprete de José Leôncio, participou da primeira versão como Tadeu --hoje vivido por José Loreto, seu filho na história.

Nesta sexta (7), o casamento de José Leôncio (Marcos Palmeira) terá como convidados da festa atores que deram vida a personagens em 1990: Cristiana Oliveira (Juma), Giovanna Gold (Zefa), Sérgio Reis (Tibério) e Ingra Lyberato (Madeleine, na primeira fase). Outros atores também foram convidados, mas descartaram participar da produção.

Antônio Petrin, que deu vida ao vilão Tenório na novela original, usou suas redes sociais para afirmar que estava indignado com a proposta da emissora de participar das gravações sem receber cachê.

A ausência de Marcus Viana no remake também foi notada no decorrer da trama por fãs da novela, que reclamaram nas redes sociais. Veja:

Escrita por Benedito Ruy Barbosa, a novela Pantanal foi exibida em 1990 pela extinta Manchete (1983-1999). O remake da Globo é adaptado por Bruno Luperi, neto do autor. Em outubro, a emissora vai estrear Travessia, trama de Gloria Perez.


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