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ALINE BORGES

Atriz revela passado de Zuleica e Tenório em Pantanal: 'Violenta e abusiva'

REPRODUÇÃO/TWITTER

Aline Borges dá um leve sorriso enquanto abraça Murilo Benício, também sorridente, nos bastidores de Pantanal

Aline Borges e Murilo Benício nos bastidores de Pantanal; atores interpretam Zuleica e Tenório

SABRINA CASTRO

sabrina@noticiasdatv.com

Publicado em 27/5/2022 - 12h46

Zuleica (Aline Borges) sabe que Tenório (Murilo Benício) é casado com Maria Bruaca (Isabel Teixeira) em Pantanal, mas tem seus motivos para manter a relação com o fazendeiro. A mulher caiu de paixão pelo grileiro depois que ele a ajudou a superar um episódio terrível na novela das nove da Globo. 

"O Tenório chegou em um momento muito difícil. Ela passou por uma situação violenta e abusiva, e ele a abraçou. Ele ter chegado nesse momento fez com que ele tivesse um lugar muito especial. Ela topou ficar com ele antes de saber do casamento", explicou a intérprete, em entrevista ao Gshow.

Na primeira versão do folhetim, exibida na extinta Manchete (1983-1999), o grileiro, então vivido por Antônio Petrin, encontrou a enfermeira, interpretada por Rosamaria Martinho, após ela ser estuprada e expulsa de casa. Da tragédia, gerou-se Marcelo (Tarcísio Filho em 1990; Lucas Leto no remake). A amante manteve o trauma em segredo para não abalar o filho.

Contudo, ao presenciar o sofrimento de Guta (Luciene Adami em 1990; Julia Dalavia no remake), Zuleica abriu o jogo. A mocinha mergulhou em culpa porque imagina estar apaixonada pelo irmão. 

"O casamento deles é de acordo, de escolhas, por um segredo, uma questão do passado muito forte que a Zuleica carrega. Ela conhece esse homem, mas não sabe exatamente quem é o Tenório, talvez pelo fato de ele ser esse pai e marido passageiro. Por conta desse segredo dela, era muito conveniente [esse casamento]", completou Aline.

Por isso, Zuleica não tratará Bruaca como rival. Mulheres com vidas difíceis, cada uma a sua maneira, elas terão empatia com a trajetória uma da outra. "Existe uma sororidade, um respeito que o autor faz questão de deixar muito claro no texto. Não há rivalidade entre essas mulheres. Existe uma situação em que elas foram colocadas e várias camadas que prendem as duas ao Tenório por questões diferentes", afirmou.

Enquanto Maria dava duro para manter a família falida de pé, a personagem de Aline Borges se dividia em várias para dar conta do lar, dos estudos, dos filhos e dos plantões como enfermeira. Afinal, Tenório mal dá às caras em casa. 

"Ela é uma mulher muito bem resolvida na vida dela, independente, muito determinada. E tem um amor e proteção muito grande por esses filhos. É uma mulher preta. Tem total noção do quanto a vida pode ser mais difícil para esses filhos. Por conta de tudo isso, ela tenta manter esse seio familiar, essa figura paterna ali também", relatou a intérprete. 

Levante de mulheres pretas

Zuleica também foi um ponto de virada na carreira da própria Aline. O racismo costuma limitar atrizes negras a papéis de servidão, com menos destaque. A negritude de Aline, no entanto, a alçou para uma personagem muito forte no folhetim de Bruno Luperi.

"Estou com uma personagem muito bacana, em um papel de destaque, sem esse lugar pejorativo destinado à atrizes pretas, que é a subserviência, servindo. Sempre a copeira, empregada ou bandida. Então, ver a Zuleica, uma mulher formada, com a carreira dela, que não depende em absolutamente nada desse homem, é um presente mesmo", declarou.

É muito difícil ter esse espaço. Para mim, foi importante chegar nesse lugar através da minha negritude. (...) Estamos em um tempo que vemos o levante de mulheres pretas, que estão ocupando seus espaços, tendo coragem de resgatar sua autoestima, fortificando-se umas nas outras.

Na versão de 1990, a personagem era interpretada por uma atriz branca. Essa mudança no perfil dos personagens incluirá a abordagem do racismo no remake.

"O Bruno Luperi está reescrevendo muita coisa da novela, trazendo para o cotidiano do nosso tempo, afinal, são 30 anos de diferença. O público vai entender, de forma muito sútil, que esse pai rejeitou esses filhos de uma certa forma por não reconhecer a identidade racial deles. E talvez, racista do jeito que ele é, assumiu uma relação com essa mulher por ela não ser uma preta retinta", afirmou.


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