Além da Ilusão põe mais pimenta na guerra entre Globo e Bolsonaro; entenda

A Globo vai retomar as críticas a Jair Bolsonaro (Partido Liberal) em uma novela depois de quatro semanas de trégua com o fim de Nos Tempos do Imperador. Assim como a antecessora, Além da Ilusão também vai distribuir bordoadas ao atual presidente da República --a começar pela "fraquejada" de Onofre (Guilherme Silva).

O folhetim de Alessandra Poggi fará menção a um comentário controverso do chefe do Executivo sobre a filha Laura, de 11 anos. "Eu tenho cinco filhos. Foram quatro homens, a quinta eu dei uma fraquejada e veio uma mulher", disse o político, durante uma palestra no Rio de Janeiro em 2017.

A expressão foi repudiada por diversas esferas da sociedade pelo cunho machista, e a  fala polêmica será reproduzida por Onofre nas cenas que serão exibidas a partir do próximo dia 7 na novela das seis. 

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O operário repetirá o termo ao descobrir que Felicidade (Carla Cristina Cardoso) estará grávida pela terceira vez. Ela, inclusive, terá sido demitida por Joaquim (Danilo Mesquita) por ter passado mal e vomitado em cima de um dos rolos de tecido no pátio da fábrica.

"Tomara que seja uma menina para fingir que ela é minha boneca", dirá Madalena (Vivi Sabini), ao tentar ouvir o bebê se mexer na barriga da mãe. "Era só o que faltava. Fraquejar pela terceira vez e vir outra mulher", reclamará o personagem de Guilherme Silva, que também é pai de Letícia (Larissa Nunes).

Onofre continuará com as bobagens mesmo depois de ser repreendido pela mulher. "Que pelo menos seja um filho homem. Que pelo menos, Felicidade, seja um filho homem", repetirá o operário, em tom ameaçador, antes de pegar uma garrafa de pinga para se embebedar. 

Globo x Bolsonaro

A verborragia de Bolsonaro e de seus aliados era alvo constante de Nos Tempos do Imperador, que até personificou o militar na figura de Tonico Rocha (Alexandre Nero). O vilão recitou um dos versículos preferidos do político e até repetiu trechos de seu discurso sobre as queimadas na ONU (Organização das Nações Unidas).

O mau-caráter também foi um dos instrumentos de Alessandro Marson e Thereza Falcão para alfinetar Flávio Bolsonaro. O atual senador é investigado pelo Ministério Público pelo suposto envolvimento em um esquema de rachadinha na época em que era deputado na Alerj (Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro).

O antagonista interpretado por Alexandre Nero teria, na ficção, inventado a contravenção. “Essa rachadinha ainda vai virar moda no Brasil", disse Batista (Ernani Moraes), diante da entrada do filho Bernardinho (Gabriel Fuentes) na "mamata" do gabinete de Tonico.

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