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VALE INVESTIR?

Netflix em crise: Saiba como comprar ações da empresa e de concorrentes

BANCO DE IMAGENS

Imagem de uma mão mexendo no celular com o logo da Netflix, serviço de streaming, na tela

Crise na Netflix está escancarada, com queda de ações e demissões: vale investir na empresa?

VINÍCIUS ANDRADE

vinicius@noticiasdatv.com

Publicado em 23/5/2022 - 6h45

Demissões, queda no número de assinantes, ações despencando e mudança na política. Nos últimos dias, o assunto predominante no mercado de streaming é a crise na Netflix. Vale a pena investir na empresa nesse momento de incerteza ou é melhor apostar em concorrentes da dona de produções como Stranger Things e La Casa de Papel?

O Notícias da TV conversou com Tay Rodrigues, educadora financeira do modalmais, para explicar como é possível comprar ações dessas companhias, além de saber o que deve ser considerado ao investir em gigantes de entretenimento.

A aquisição dos papéis pode ser feita via BDRs (Brazilian Depositary Receipts), depósitos de ações estrangeiras disponíveis em reais na bolsa brasileira. A especialista faz o passo a passo de como realizar essa compra.

"Abrir uma conta gratuita em uma corretora de valores, fazer um pix do valor que deseja investir, acessar o home broker [plataforma de negociação de ações] no próprio app ou site da sua corretora, inserir o código da BDR que corresponde à empresa que deseja investir, definir a quantidade e finalizar a comprar", explica educadora do banco digital modalmais.

De acordo com os valores disponíveis no fechamento do mercado financeiro na sexta-feira (20), é possível investir na Netflix a partir de R$ 18,19; na Amazon com R$ 66,64; Walt Disney com R$ 33,10; e Apple com R$ 66,78.

"Antes de comprar uma ação é necessário analisar o cenário macroeconômico, o setor em que essa empresa atua, os indicadores da ação, os fundamentos da empresa e, claro, alinhar tudo isso com os seus objetivos de curto, médio ou longo prazo", orienta Tay Rodrigues, que usa o seu Instagram com mais de 37 mil seguidores para dar dicas de finanças.

Crise na Netflix

Na terça-feira (17), a Netflix confirmou a demissão de 150 funcionários. O número representou um corte de cerca de 2% da mão de obra da empresa, que ainda é a líder absoluta em número de assinantes e fatura bilhões. O panorama de alta contínua, porém, não é mais o mesmo.

Para se ter uma ideia, as ações da gigante de streaming despencaram 75% em seis meses: de R$ 72,85 em novembro para os R$ 18,19 atuais. Em abril, quando anunciou ao mercado que havia perdido 200 mil assinantes no primeiro trimestre do ano, houve uma desvalorização de 35% de um dia para o outro.

Ao considerar o último semestre, a Apple caiu 26%, a Amazon perdeu 48% e a Disney tombou 41%. Essas três concorrentes da Netflix têm em comum o fato de não terem apenas o streaming como fonte de renda --pelo contrário, elas ganham até mais dinheiro em outros segmentos.

Aos interessados em investir no mercado de ações, a especialista Tay Rodrigues recomenda levar em conta o cenário de dificuldades macroeconômicas, como a guerra da Rússia e da Ucrânia, inflação global e taxa de juros alta, que fazem com que o consumo desacelere, e orienta que se pesquise ao tomar a decisão de mergulhar no universo da renda variável.

"Alguns setores da Bolsa de Valores acabam se prejudicando mais em cenários assim, mas no longo prazo essa volatilidade é diluída e a queda das ações das empresas podem representar oportunidades para comprar a ação mais barata", indica.

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