Após casos de racismo e assédio, Globo cria diretoria de diversidade com meta ousada

A Globo anunciou que contará com uma diretoria de Diversidade e Inovação em Conteúdo dentro de seus estúdios. A medida foi anunciada nesta quarta (26), após a emissora protagonizar denúncias de racismo e assédio. A nova área transversal da empresa nasce com uma meta ousada: proporcionar com que todas as comunidades estejam presentes nas telas da companhia.

"Alinhados aos compromissos assumidos pela agenda ESG [governança ambiental, social e corporativa] da Globo, especialmente aos relacionados ao impacto social dos conteúdos e ao da promoção da diversidade e da inclusão nos conteúdos e nas equipes, os Estúdios Globo criaram essa diretoria, transversal a todas as demais e também subordinada a Ricardo Waddington", explicou a emissora, em comunicado enviado à imprensa.

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"Ela será responsável por diversificar, representar e incluir todas as comunidades nas telas e nos times do Entretenimento", diz a nota.

A área será liderada pela Samantha Almeida, que atuava como diretora de Criação de Conteúdo. A executiva terá a missão de fomentar "a inovação nos formatos e linguagens, a criação e produção de conteúdos digitais de entretenimento e a gestão das redes sociais de conteúdos produzidos nos estúdios a partir das estratégias dos produtos".

Samantha Almeida (Hugo Sá)

Waddington segue como o líder dos Estúdios Globo e, nessa nova estrutura, os gêneros são comandados por José Villamarim na Dramaturgia, Boninho na parte de Variedades/Realities e Shows, Mariano Boni com Variedades/Pauta, e Raoni Carneiro no comando do núcleo de Projetos Especiais e Canais Pagos.

Fabiana Moreno será a responsável pela parte de Produção, Inteligência e Performance. A gestão de talentos artístico continua nas mãos de Adélia Croce, enquanto Bernardo Portugal cuida dos talentos de produção artística.

"Acho que estamos conseguindo responder aos desafios que o mercado está trazendo e também aos que fomos identificando internamente, a partir de uma nova realidade e de uma Globo em permanente transformação. Estamos mais preparados para produzir em diferentes formatos, para diferentes plataformas, em diferentes modelos", comentou Waddington.

:Cada vez mais abertos para produzir em parceria, equipando nossos criadores e os nossos talentos artísticos para novas narrativas, linguagens, olhares e formatos", complementou.

Em absoluta sintonia com as pautas da sociedade e do país e alinhados aos compromissos ESG da Globo. Não tenho dúvidas de que um entretenimento mais diverso é um entretenimento mais potente e mais conectado e engajado com o Brasil e com os seus desafios.

Nos últimos meses, a emissora estampou denúncias de racismo nos bastidores da novela Nos Tempos do Imperador (2021) e de assédio, como no caso entre Dani Calabresa e Marcius Melhem, ex-líder da parte de Humor da Globo.