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QUASE EXTINTO

Globo dispensa colaboradores, e Se Joga pode não voltar ao ar após quarentena

REPRODUÇÃO/TV GLOBO

Com expressões sérias, Fernanda Gentil e Érico Brás olham para a câmera no cenário do Se Joga

Fernanda Gentil e Érico Brás no último Se Joga, em 16 de março: programa pode sair do ar de vez

DANIEL CASTRO e VINICIUS ANDRADE

dcastro@noticiasdatv.com

Publicado em 14/5/2020 - 5h33
Atualizado em 14/5/2020 - 12h03

Fora do ar desde o início da pandemia do novo coronavírus, o Se Joga corre o risco de nunca mais dar as caras na programação da Globo. O assunto tem sido discutido com frequência pelo primeiro escalão da emissora em reuniões online sobre o futuro das produções. Segundo fontes, o status atual do Se Joga é "quase" extinto. A atração já vem sofrendo baixas.

Criado para ser uma alternativa ao Vídeo Show, encerrado em janeiro do ano passado após 35 anos no ar, o Se Joga se revelou um fracasso de público e crítica. No Ibope, virou um saco de pancadas da Record, a ponto de a concorrente até fazer piada em campanhas publicitárias. Nas redes sociais, telespectadores pediam o fim da atração, desde sua estreia, em setembro de 2019, até a paralisação.

O quadro virou a favor da Globo com a pandemia, em março. Para reduzir riscos de contágio, a emissora tirou o Se Joga (e vários outros programas) do ar. No início da tarde, imitou a grade da Record, exibindo jornalismo das 12h às 15h. Contra o Jornal Hoje na faixa das 14h30 às 15h, o quadro Hora da Venenosa do Balanço Geral nunca mais venceu a Globo. Em São Paulo, principal mercado do país, o jornalístico está dando até o dobro de ibope da atração de variedades.

As discussões na Globo envolvem também o que fazer com o elenco do Se Joga, principalmente Fernanda Gentil, que foi promovida no final de 2018 a apresentadora de entretenimento. Érico Brás e Fabiana Karla, como são atores, podem ser aproveitados por novelas e humorísticos.

Um cenário vislumbrado é o Jornal Hoje continuar ocupando o horário que já foi do Se Joga, mas há dúvidas sobre o que pode acontecer com o telejornal após a pandemia, em épocas de noticiário fraco, sem grande interesse do público. Do lado comercial, é mais interessante ter uma atração de entretenimento no horário, e isso pode ser a salvação do Se Joga, pelo menos por um tempo.

Procurada pela reportagem, a Comunicação da Globo disse que não "comenta especulações". A emissora confirmou, contudo, os cortes no quadro de Paulo Vieira, que já estava fora do ar antes da pandemia. "Como o quadro não está no ar, as pessoas não estão mais alocadas ao projeto. Quem era obra certa ou curto prazo foi dispensado", afirmou em nota ao Notícias da TV.

Fracasso de audiência

Nas últimas quatro semanas antes de sair do ar, o Se Joga registrou 9,1 pontos de média na Grande São Paulo e conquistou raras vitórias contra a Record. Uma delas foi na segunda-feira de Carnaval, em 24 de fevereiro, com a participação de Adriane Galisteu, e outra no programa derradeiro, em 16 de março, quando a atração ficou focada em notícias sobre o coronavírus e bateu recorde.

Freguês tradicional das fofocas do Balanço Geral e ameaçado até pelas séries teens do SBT, o Se Joga melhorava o desempenho em feriadosderrotando a Record no Natal, e no Réveillon. No último mês antes da paralisação, no entanto, o programa chegou a ter média de apenas 7,1 pontos em uma de suas edições.

A versão estendida do Jornal Hoje está no ar desde 17 de março, há oito semanas. Desde então, a Globo não foi mais ameaçada pela concorrente no horário. Em maio, o telejornal apresentado por Maju Coutinho acumula média de 15,1 pontos na Grande São Paulo (sem contar as edições de sábado).

O máximo que A Hora do Venenosa consegue, em dias raros, é assumir a liderança na faixa entre 15h e 15h15, quando o JH acaba e começa a Sessão da Tarde.


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