LUCIO MAURO FILHO
REPRODUÇÃO/TV GLOBO
Lucio Mauro Filho em sequência de Malhação: Viva a Diferença como o músico Roney
DANIEL FARAD, do Rio de Janeiro
Publicado em 14/5/2020 - 5h18
Lucio Mauro Filho lamenta que o atual governo tenha demonizado a classe artística como "mamadores" de recursos públicos. Em sua opinião, os profissionais da área foram desumanizados em um joguete político que levou parte do público a desacreditar na importância de diversas políticas públicas para a Cultura --a exemplo da Lei Rouanet.
"Muita gente caiu nessa esparrela e pensa que todo artista é como a gente, que conseguiu fazer uma carreira numa emissora bacana, tem um contrato fixo. Nós somos pontos fora da curva. Uns 90% da categoria são de trabalhadores sem estabilidade nenhuma, que batalham em um mercado pequeno", avalia o intérprete em entrevista ao Notícias da TV.
O ator se considera privilegiado em uma profissão na qual a maioria dos seus colegas é como Roney, seu personagem em Malhação: Viva a Diferença, e tem de ralar para pagar as contas apesar de êxito no passado.
No folhetim de Cao Hamburger, o pai de Keyla (Gabriela Medvedovski) se tornou sensação com um hit nos anos 1980 e chegou a se apresentar nos programas de Abelardo Barbosa, o Chacrinha (1917-1988).
"Achei legal fazer um personagem que experimentou a glória e agora toca uma lanchonete, cuida de uma filha que ficou grávida ainda adolescente. A maioria dos artistas vê esse sucesso único e depois precisa conviver com uma vida modesta, de aperto e vulnerabilidade", considera o carioca.
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Keyla (Gabriela Medvedovski) deu trabalho para o pai Roney (Lúcio Mauro Filho) em Malhação
Lucio fez questão de conscientizar o elenco juvenil de Viva a Diferença sobre a realidade do ofício e evitar que os meninos se deslumbrassem com a boa repercussão da temporada que está sendo reprisada atualmente.
"Quando a novela estourou, falei que o sucesso é como um bonde. Ele vem uma vez e a gente não sabe se vai passar de novo. Pode ser que no próximo trabalho eles não tenham o mesmo reconhecimento", diz.
Ele lembra com carinho dos bastidores da produção que marcou seu retorno às novelas depois de mais de uma década em A Grande Família (2001-2014). "Ainda dou muitos conselhos, porque todos viraram meus amigos. Nunca vi artistas tão compromissados como nessa geração, que luta muito pelo o que acredita. Dá um orgulho paterno", derrete-se.
O ator diz que também foi transformado pela experiência. "Eles me ensinaram um monte de coisas, como a lidar com meus preconceitos. Fui educado nos anos 1970, trago em mim um monte de vícios de comportamento contra os quais eu luto. Com eles, isso se tornou mais fácil. Foi uma via de mão dupla", afirma o pai de Bento, Luiza e Liz, frutos do casamento com Cíntia Oliveira.
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