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DANOS MORAIS

Xingado de escroto, Carlos Vereza exige R$ 120 mil de fotógrafo por humilhação

REPRODUÇÃO/FACEBOOK

Carlos Vereza no International Filmmaker Festival of World Cinema 2019

Carlos Vereza no International Filmmaker Festival of World Cinema 2019; ator ofendido por fotógrafo na web

ELBA KRISS

elba@noticiasdatv.com

Publicado em 13/7/2021 - 7h00

Após registrar queixa-crime por ter sido chamado de "escroto", Carlos Vereza exige R$ 120 mil de indenização por danos morais do responsável pela ofensa. O alvo da ação, protocolada no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, é o fotógrafo Rodrigo Bari, que insultou o ator de 82 anos no Facebook por causa de divergências políticas. Para o veterano, a humilhação na internet afetou sua honra.

Para entender o imbróglio é preciso retroceder um ano. Em 19 de junho de 2020, Bari publicou um texto direcionado ao ator de Além do Tempo (2015) em sua página na rede social.

"Carlos Vereza, você não passa de mais um pau no cu, tão imbecil quanto pretensioso e escroto. Gente do seu tipo é muito pior do que petista assumido, porque são tão filhos da puta quanto eles, mas têm menos bolas no saco e são mais covardes. Se escondem atrás da pseudointelectualidade, tão profunda quanto um pires, e fingem que palavrinhas bonitinhas e vazias são algum tipo de inteligência, e não uma expressão cabal da sua babaquice e falta de caráter", escreveu o fotógrafo.

Em novembro do mesmo ano, o intérprete de Botelho em Sob Pressão, da Globo, registrou queixa-crime por injúria e difamação contra Bari no Foro Central Criminal da Barra Funda, em São Paulo.

O processo criminal deu resultado. Em junho último, o acusado pela ofensa foi condenado a pagar R$ 2.200 em cestas básicas a serem entregues ao Fundo Municipal da Criança e do Adolescente de São Paulo. Ele aceitou acordo proposto pelo Ministério Público de São Paulo.

Agora, Vereza entrou com uma segunda ação. Desta vez, na 3ª Vara Cível, do Foro Regional da Barra da Tijuca --o processo foi distribuído em 30 de junho. O Notícias da TV teve acesso aos autos em que o ator pede R$ 120 mil de indenização de danos morais pela postagem.

No registro, a defesa do artista veterano alega que seu cliente foi alvo de palavras graves e desrespeitosas "com o único e evidente intuito de ofender". "O autor [Vereza] tem um nome a zelar, é pessoa idônea, ator e diretor consagrado no meio artístico com mais de 60 anos de profissão, não merecia passar por isso", argumenta. 

"E pior, a repercussão do fato foi imensurável, quando praticado pela rede mundial de computadores com visualização de milhares de pessoas, como no caso do Facebook", destaca o advogado de Vereza.

Segundo a petição inicial, o texto de Bari causou humilhação ao astro de Memórias do Cárcere (1984), que se viu diante de uma "situação vexatória" na internet. "A imagem do autor foi violada, sendo necessária uma sanção justa e eficaz", reforça a defesa. 

"Expressar-se livremente não significa que podemos dizer tudo o que queremos. O réu não pode simplesmente usar suas redes sociais e sair por aí proferindo insultos, fatos mentirosos e ofensivos à honra e à reputação do autor e, pior, principalmente quando a vítima se trata de pessoa pública", acrescenta.

Ainda de acordo com a inicial, na audiência da queixa-crime em que Bari saiu condenado, foi constatado oficialmente que ele não negou a autoria do fato. "Sequer esboçou qualquer sentimento de arrependimento pelo ocorrido, o que de certa forma também demonstra a personalidade do agente", observa o defensor. 

Por causa de toda essa questão, o ator informou à Justiça que não tem interesse em audiência de conciliação.

À reportagem, a defesa do intérprete do padre Benício, em Velho Chico (2016), declarou que a queixa-crime serviu para embasar ação cível indenizatória. Bari e seu advogado também foram procurados, mas não retornaram aos contatos até o fechamento deste texto.


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