CASAL FOGOSO
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Luiza Martins e Marcela Mc Gowan: ex-BBB teve sexualidade questionada após namorar cantora
Marcela Mc Gowan e Luiza Martins, ex-dupla sertaneja de Maurílio (1994-2022), assumiram o namoro há pouco mais de um ano. A ex-BBB viveu momentos de desinformação ao não saber em qual parte da sigla LGBTQIA+ se encaixava, mas hoje assegura que é muito bem resolvida com sua sexualidade. Em um relacionamento entre duas mulheres, a médica é adepta de tudo para apimentar a relação, inclusive brinquedos sexuais.
"Eu sou uma pessoa bastante acelerada, que gosta de ditar regras, de tomar atitude das coisas. Talvez no dia a dia eu seja a pessoa que toma mais atitude. A Luiza é uma pessoa mais tranquila, e, sim, usamos muitos brinquedos. Testamos todos os brinquedos da minha marca, testamos várias opções sempre. A gente usa tudo que for a favor do nosso prazer", conta ela ao Notícias da TV.
A ginecologista sofreu críticas quando tornou público o namoro com Luiza, já que durante o reality show da Globo ela se envolveu com Daniel Lenhardt --que também é bissexual e hoje namora um homem. Ainda assim, os mais desinformados costumam questionar quem é o "homem da relação" numa união entre duas mulheres.
"Era como as pessoas me categorizavam, como se eu estivesse mentindo sobre a minha sexualidade para ganhar sei lá o quê que as pessoas imaginam, não é? Sempre rola essa invalidação da bissexualidade, como se você tivesse que decidir uma coisa ou outra para se encaixar num padrão que cabe na normativa de outras pessoas", desabafa.
Ela e Luiza conseguem se blindar ao máximo do preconceito, mas viram alguns ataques de pessoas de "fora da bolha" nas redes sociais. Marcela explica que dentro da própria comunidade LGBTQIA+ ainda existem alguns estigmas com relação à bissexualidade. Pessoalmente, o casal nunca vivenciou situações de preconceito.
"Em um relacionamento entre duas mulheres a intenção geralmente é não ter nenhum homem", ri Marcela. "Não existe isso [de quem é homem da relação]. É um padrão heteronormativo de papéis que as pessoas entendem que a gente tem que desempenhar, mas não existe um desempenho de papel masculino e feminino. Pelo menos não deveria existir. Isso é uma lógica errada", afirma.
São duas pessoas, e cada uma tem as suas complexidades e suas maneiras de agir. Nenhuma está ali para interpretar nenhum papel de homem. Isso é um pensamento que vem da ideia de que você precisa ter um homem em qualquer contexto para que ele seja validado.
Marcela não teve problema de autoaceitação no processo de descoberta de sua sexualidade, mas ficou confusa se realmente poderia sentir atração por homens e mulheres. "Eu não sabia o que era ser uma pessoa bissexual, onde eu me enquadrava. Quando eu entendi isso, ficou tudo mais claro para mim", assegura.
"Eu contei para algumas pessoas da minha família. Para pessoas muito próximas não tive nenhum problema com quase ninguém, mas eu tive muito medo do mercado de trabalho. Então esse talvez tenha sido o maior empecilho para eu falar sobre a minha sexualidade abertamente", revela.
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