CASO DANIELLA PEREZ
REPRODUÇÃO/RECORD
Guilherme de Pádua assassinou Daniella Perez em 1992; série relembra crime que chocou país
Maurício Mattar, um dos amigos de Daniella Perez (1970-1992) ouvidos na série documental Pacto Brutal na HBO Max, disse que Guilherme de Pádua assediava homens nos bastidores de peças de teatro. Segundo o ator, o assassino confesso da filha de Gloria Perez tinha um comportamento estranho com outros colegas de profissão.
"Sempre que eu ia trocar de roupa, o Guilherme colava em mim, ficava olhando de banda e até mesmo pedia para eu mostrar meu pênis", falou Mattar em uma entrevista à revista Istoé ao comentar os bastidores do espetáculo Blue Jeans, de 1991.
A peça ainda contava com nomes como Carlos Lofler, Fábio Assunção e Alexandre Frota no elenco. "Lembro que na época do Blue Jeans, ele [Pádua] vivia assediando homens, como se fosse doença, compulsivamente. Era muito desagradável", relembrou o ator.
Mattar ainda alegou que Guilherme de Pádua fazia isso como uma forma de tentar subir na carreira: "Ele contou que transava com homens desde que chegou ao Rio de Janeiro, onde acontecia a apresentação da peça. Pelo visto era bi. Ele dizia que para subir na vida transaria com quem fosse preciso".
A história sobre o assassinato de Daniella Perez é recontada em detalhes na série documental Pacto Brutal, lançada na semana passada na HBO Max. Em cinco episódios, que são liberados semanalmente às quintas, amigos, familiares e funcionários do judiciário que trabalharam no caso dão suas perspectivas, depoimentos e análises sobre o que aconteceu com a atriz.
Nos primeiros depoimentos, Guilherme de Pádua tentou dizer que não era culpado. Ele atuou para emplacar uma narrativa de que Daniella estava lhe assediando, insistindo para ter um caso com ele, pois o casamento dela com Raul Gazolla não estaria bem.
Para tentar provar que ele não estava correspondendo às investidas dela, Pádua se ofereceu para dar uma prova de que era muito apaixonado por sua mulher, Paula Thomaz --que estava grávida de quatro meses.
"Ele quis se apresentar nesse primeiro momento como aquele homem heroico, que estava se sacrificando pela mulher que estava grávida, com quem ele vivia muito bem a ponto de se tatuar com o nome dela. Ele se oferece pra mostrar o pênis dele, porque tinha uma tatuagem, numa declaração de amor à mulher. E ao meu ver, eu estou convencido, ele queria já ali insinuar o envolvimento da mulher", afirmou José Muiños Piñeiro Filho, promotor do caso e hoje desembargador de Justiça, à série.
Pádua tinha o nome de Paula tatuado no órgão genital. Ao longo da investigação, foi comprovado que a mulher também havia participado do crime.
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