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SEM ESPAÇO

Atriz de A Força do Querer, Maria Clara Spinelli critica rótulo por ser trans

Reprodução/Instagram

Maria Clara Spinelli de cabelo solto e com expressão tensa em cena de A Força do Querer

Maria Clara Spinelli na pele da personagem Mira, em A Força do Querer, reprise das 21h na Globo

REDAÇÃO

redacao@noticiasdatv.com

Publicado em 6/11/2020 - 8h36

Maria Clara Spinelli, no ar atualmente na reprise de A Força do Querer (2017), da Globo, criticou o rótulo criado em torno dela por ser trans. Intérprete da secretária Mira na trama de Gloria Perez, a atriz lamentou a falta de convites para interpretar papéis de mulheres cisgênero.

"O que me dói não é a falta de trabalho, de dinheiro, de reconhecimento, que isso todas nós passamos e vamos passar sempre. É a falta de olharem para mim e verem uma atriz, uma mulher, um ser humano, a Maria Clara. E não pegarem tudo isso, jogar lá fora e colocar o rótulo trans. Eu não trabalho", declarou.

Parceira da vilã Irene (Débora Falabella) no folhetim, ela agradeceu a oportunidade dada por Gloria por poder trabalhar em duas novelas da autora --a primeira foi Salve Jorge (2013)--, mas reclamou dos colegas e produtores de elenco.

"As pessoas, os produtores de elenco, falam que eu sou ótima atriz. Uma ótima atriz para fazer personagens trans. Se fossem pessoas que me convidassem e me dessem oportunidade de me testarem, iam ver", desabafou em live com Suzana Pires, autora e atriz que a convidou para fazer parte do filme De Perto Ela Não É Normal.

Maria Clara ainda afirmou que existe, sim, uma cultura em torno do preconceito. E que a luta pela inclusão social é hipocrisia. "Tudo bem, existe uma questão de inclusão, de sororidade e antirracismo que é muito bonito na teoria, mas na prática, acabou. É uma grande hipocrisia de inclusão. Fico magoada."

No papo com a Suzana, a atriz também relembrou o bullying sofrido na infância: "Eu fui uma criança trans. Eu era agredida fora de casa, sofria bullying. Não podia chegar em casa e desabafar com a minha mãe, que me criou sozinha. Ela ia ficar brava comigo. Olha o peso desse mundo nas costas de uma criança?! Fico pensando como que eu sobrevivi mentalmente e emocionalmente a tudo isso".


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