MARCELA PERINGER
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Marcela Peringer em foto de divulgação; atriz denunciou violência doméstica do namorado
Na semana passada, a atriz Marcela Peringer, 40 anos, teve a vida virada do avesso. A artista, que atualmente está no elenco do filme A Flor da Gigóia com Babu Santana, viu sua história de violência doméstica ser exposta na mídia. No fim de julho, ela registrou um boletim de ocorrência contra o empresário Carlos Eduardo Santos Albergaria. No documento, relatou ter sido vítima de agressão com uma taça de vinho.
De acordo com sua narrativa, este foi o segundo episódio de fúria dele. Na primeira vez, o homem pediu perdão. Apaixonada, ela aceitou.
Em 28 de julho, Marcela acionou a polícia após virar alvo de Albergaria no apartamento do casal, na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro. Segundo boletim de ocorrência registrado na 32ª Delegacia de Polícia, a atriz relatou ter sido atingida com uma taça de vidro resultando em um corte na barriga. Ele, por sua vez, negou a violência, mas confirmou a discussão. A briga também teria ocasionado lesões no ex-namorado
Tudo teria acontecido diante de uma hóspede deles. Uma amiga da artista estava no apartamento na companhia da filha de 11 anos. Segundo a intérprete, a testemunha irá depor a seu favor.
Ao Notícias da TV, a atriz detalhou o episódio de agressão e o relacionamento conturbado que teve com o empresário. Com o B.O. feito, ela conseguiu uma medida protetiva, e o ex não pode se aproximar dela.
"Esta foi a segunda vez em que [a agressão] aconteceu. Ele foi preso e só saiu quando pagou fiança. Estávamos morando juntos há quatro meses e namorando há dez. Ele sempre foi um pouco agressivo e se automedica. Ele adora beber vinho e bebe demais. Misturou tudo e ficou ciumento. Minha amiga estava aqui com a filha, e ele começou a berrar para ela ir embora", relembra.
"Eu o levei para o quarto e falei: 'Você está me fazendo passar vergonha'. Comecei a filmar tudo para ele ver depois o que tinha feito", conta. A discussão teria saído do controle com Albergaria usando uma taça de vidro contra a parceira. "Ele rasgou minha barriga com a haste [da taça]", narra.
Segundo ela, o primeiro episódio de violência aconteceu há alguns meses. No entanto, o casal se reconciliou por iniciativa dele. "Da primeira vez, ele me pediu em casamento: 'Vamos morar juntos?'. Então, alugamos [o apartamento]. O contrato está no nome dele. Eu perdoei. A aliança veio três dias depois [da agressão]. Mas agora que teve essa segunda agressão, não admiti mais", reforça.
Procurado, Carlos Eduardo Santos Albergaria se manifestou sobre a repercussão do caso. O empresário lamenta a situação humilhante a que foi exposto. Ele nega a violência doméstica e rebate que a vítima foi ele mesmo. Inclusive, reforça que o exame de corpo de delito comprovou as lesões em seu corpo.
"Foi uma surpresa quando eu me deparei com essa notícia no jornal. Mais surpreso ainda fiquei quando ela teve a atitude de mentir sobre tais fatos, os quais nunca ocorreram, e fazer essa denúncia sem fundamento. Foi ela quem me agrediu. Aliás, não foi a primeira vez. Além de agressão física, sofri agressão psicológica. Os exames de corpo de delito comprovam, porque no meu corpo havia inúmeras lesões, além de mordidas e arranhões", afirma
"Mas, a pior dor é a emocional, porque o meu intuito sempre foi o de ajudá-la. Eu realmente gostava dela. Ela tem dependência alcoólica e toma medicamentos controlados, inclusive também por conta de atitudes obsessivas e agressivas. No entanto, eu não tinha como saber, porque a conheci em um aplicativo de relacionamento amoroso. Eu sempre acreditava que ela, mediante os tratamentos e o afeto que recebia de mim e de minha família, iria mudar. Hoje, percebo que me enganei", lamenta.
Para o empresário, a situação toda é uma injustiça. "Não tenho o mínimo interesse em ter qualquer tipo de contato com ela, seja ele de qualquer natureza. Estou me sentindo humilhado. Trata-se de uma situação vexatória, não somente para mim, como para meus amigos e familiares, que sempre me alertaram sobre ela e estão sofrendo junto comigo por causa dessa injustiça", finaliza.
Após a denúncia, o Ministério Público do Rio de Janeiro indeferiu o pedido de medida protetiva para Marcela. "Não foi juntado qualquer prova da materialidade do delito, nem qualquer prova testemunhal, mesmo o fato tendo ocorrido na presença de uma testemunha", analisou o promotor Guilherme Macabu Semeghini.
Na sequência, no entanto, a juíza Isabel Teresa Pinto Coelho Diniz, do Cartório do Plantão Judicial, concedeu a proteção para a atriz. "A proibição de aproximação da vítima não é uma restrição tão grave ao direito de ir e vir do autor dos fatos, principalmente se considerando a gravidade concreta dos fatos narrados. Assim, é uma garantia razoável à integridade física e psicológica da vítima", considerou a magistrada.
Procurada, a defesa do empresário ressaltou as duas decisões contrárias. Maria Fontenelle, advogada de Albergaria, disse que seu cliente não irá recorrer.
"O próprio Ministério Público, que é um órgão acusador e fiscal da lei, opinou de forma contrária à aplicação da medida protetiva. O entendimento da defesa está alinhado ao do MP: entendemos não haver a necessidade por falta de provas. No entanto, não iremos recorrer porque o senhor Carlos não tem o menor interesse de se aproximar da Marcela. Muito pelo contrário, ele tem medo e receio dela, por tudo o que já foi relatado por ele", finaliza.
Ao Notícias da TV, Marcela rebateu as alegações e acusações de Albergaria. Ela reafirma que o empresário estava embriagado. "Eu só me defendi. Tentei pegar meu celular. Agora, ele está revertendo tudo. Ele toma muito vinho. Nesse dia, ele tomou três [garrafas de] vinhos sozinho", diz.
"Tenho todas as fotos da agressão. Eu sou bem magrinha. Falar que uma mulher o agrediu? Eu me defendi na hora que ele pegou meu celular, e minha barriga está com um talho enorme", continua.
A respeito das informações de que ela tem "atitudes obsessivas e agressivas", Marcela reiterou que esse perfil faz parte da personalidade do ex. "Eu tenho até o parecer do psiquiatra dele. Um terapeuta dele o abandonou, pois não podia tratar do caso. Eu também estava fazendo [terapia], porque acho que todo mundo tem que fazer. Sei que agora ele faz terapia online. Ele se automedica e tem um amigo que, às vezes, passa receita para ele. Ele toma mais de seis tipos de remédio para depressão", aponta.
Com o caso na imprensa há cinco dias, a atriz receia que a repercussão do caso prejudique sua carreira. Ela também é diretora de uma agência que seleciona promotores e recepcionistas para feiras e eventos. Teve esse ofício afetado pela pandemia e estava trabalhando com o empresário --que possui uma rede de lojas.
"Infelizmente, na pandemia os eventos foram afetados. Eu estava trabalhando com ele nas lojas. Inclusive, ele não me pagou ainda. E ele não está querendo resolver o negócio do apartamento [alugado pelo casal no nome do empresário]", finaliza.
A Flor Da Gigóia, filme em que ela divide a cena com Babu Santana, Gustavo Novaes e Raymundo de Souza, está em fase de pós-produção. Por causa da pandemia da Covid-19, não há previsão de lançamento.
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