CASO RAFAEL MIGUEL
REPRODUÇÃO/INSTAGRAM
Paulo Cupertino (à esq.) é acusado de assassinar Rafael Miguel (à dir.) e seus pais em junho de 2019
[Atenção: este texto foi alterado com informações sobre uma falha de comunicação entre a polícia e a Globo]
A Globo anunciou erroneamente nesta quarta-feira (28), durante o SP1, a prisão de Paulo Cupertino, acusado de matar o ator Rafael Miguel (1996-2019) e os pais dele em junho de 2019. Segundo César Tralli, a informação foi passada pelo delegado-geral de São Paulo, Ruy Ferraz Fontes. O comissário, no entanto, revelou depois que a Polícia Militar do Paraná, onde a captura teria ocorrido, tinha se confundido, e que o homem continua foragido. A falha na comunicação deixou a emissora em uma saia justa.
"Estou recebendo informação do delegado-geral de polícia de São Paulo, Ruy Ferraz Fontes, dizendo que a Polícia Militar ainda não apresentou o preso para a Polícia Civil do Paraná, dizendo que a polícia pode ter confundido identidades. Atenção", se corrigiu Tralli, que encerrou o telejornal logo na sequência.
A BandNews TV também apurou a mesma informação com a polícia e informou na programação da TV e em seu site, antes mesmo da Globo.
Durante o SP1, Maju Coutinho também havia avisado que o caso seria um dos assuntos do Jornal Hoje, mas não houve nenhuma chamada sobre a prisão na escalada do noticioso. Por volta das 13h30, o site da Globo fez a correção e disse que a Polícia Militar do Paraná havia se confundido.
"Com base na informação da polícia de São Paulo, o G1 chegou a noticiar a prisão de Paulo Cupertino. Essa notícia foi chamada com destaque no G1 e nas redes sociais do G1. E foi enviado um alerta por celular. Pelo erro, pedimos desculpas", destacou a emissora na web.
De acordo com Tralli, Paulo Cupertino teria sido preso na manhã desta quarta- no interior do Paraná. O suspeito está foragido desde o dia do crime, quando atirou contra o intérprete de Paçoca na novela Chiquititas (2013) por supostamente não aceitar o namoro dele com sua filha, Isabela Tibcherani.
Segundo informações divulgadas pelo portal G1, Cupertino teria sido encontrado na região norte do Paraná. Na segunda-feira (26), a Polícia Civil descobriu que o empresário andava com documentos falsos, emitidos na cidade de Jataizinho.
O acusado de assassinato está foragido há um ano e quatro meses e teria sido localizado usando o nome falso de Manoel Machado da Silva, disfarçado.
No SP1, foi dito que a prisão ocorreu após o foragido ser abordado por policiais durante uma blitz em Paranavaí, no noroeste do Paraná. Ele foi reconhecido pela foto apresentada no documento de identidade falsa.
Pela ferramenta Stories do Instagram, Isabela chegou a compartilhar um desabafo assim que soube da suposta prisão. "Estou processando tudo, por favor deem um pouco de tempo. A notícia veio de repente, e não estava preparada. Logo entro em contato. Só posso dizer que o sentimento é indescritível, de alívio, espanto e paz", escreveu a namorada de Miguel e filha de Cupertino.
O ator Rafael Miguel, de 22 anos, foi assassinado a tiros na tarde do dia 10 de junho de 2019 no bairro Pedreira, zona sul de São Paulo.
O ex-funcionário do SBT foi morto juntamente com seus pais, João Alcisio Miguel, de 52 anos, e Mirian Selma Miguel, 50, pelo sogro dele, Paulo Cupertino Matias, segundo a polícia.
Rafael havia ido à casa de Isabela para conversar sobre o namoro com os pais dela. A família Miguel foi baleada no portão.
O crime teria sido motivado por ciúme, já que o autor não aceitava o relacionamento da filha.
A jovem e a mãe dela, Vanessa Tibcherani de Camargo, presenciaram o crime. Paulo Cupertino fugiu do local após atirar e recebeu a ajuda de dois amigos para se esconder da polícia. Ele entrou na lista dos criminosos mais procurados pela polícia no Estado de São Paulo.
Ao Notícias da TV, a Polícia Civil de São Paulo confirmou em agosto deste ano que o criminoso também teve o pedido de prisão temporária convertido em preventiva. Isso significa que ele ficará detido por tempo indeterminado até seu julgamento.
A mudança no tipo de prisão também serviu para a solicitação de inclusão de Cupertino na lista de procurados pela Interpol (Organização Internacional de Polícia Criminal). Os investigadores do caso acreditavam que o pai de Isabela Tibcherani poderiam ter entrado em outro país com documentos falsos.
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