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PAULO CUPERTINO

Assassino foragido de ator Rafael Miguel tem conversa vazada: 'Querendo minha cabeça'

REPRODUÇÃO/INSTAGRAM

Montagem de fotos de Paulo Cupertino (à esquerda) e Rafael Miguel (à direita)

Paulo Cupertino (à esq.) pediu ajuda para amigos após assassinar Rafael Miguel (à dir.) no ano passado

REDAÇÃO

Publicado em 17/6/2020 - 12h35

Assassino foragido do ator Rafael Miguel, Paulo Cupertino teve conversas sobre os planos de fuga vazadas. Após atirar e matar o namorado da filha e os pais dele em junho de 2019, o criminoso contou com a ajuda de amigos para escapar de São Paulo. "Todo mundo tá querendo a minha cabeça. Por isso, não pode confiar em ninguém", relatou o empresário.

Os prints de conversas no WhatsApp foram recuperadas do celular de um suspeito de ter ajudado Cupertino pela Polícia Civil de São Paulo e obtidas pelo portal G1.

O empresário executou o intérprete do personagem Paçoca de Chiquititas (2013), no SBT, juntamente com os pais, João Alcisio Miguel, de 52 anos, e Mirian Selma Miguel, de 50, na tarde do dia 9 de junho do ano passado. Paulo disparou 13 vezes contra as vítimas que estavam desarmadas e não tiveram tempo de reagir.

Cupertino matou os três porque não aceitava o relacionamento da filha, Isabela Tibcherani Matias, com Rafael. Além da jovem, a mãe dela, Vanessa Tibcherani de Camargo, também presenciou o crime.

Segundo a investigação, dois amigos, um morador da capital paulista e outro de Sorocaba, no interior de São Paulo, ajudaram o assassino com dinheiro, transporte e comida. Os três teriam um histórico de amizade por cerca de 15 anos.

Nas conversas, Paulo teria enviado mensagens dizendo que precisava de um carro e dinheiro para poder fugir dias após o crime. "Veja a situação do carro, de preferência até amanhã. Cara, você é a minha única esperança", teria suplicado o fugitivo. A perícia também conseguiu recuperar  um comprovante de depósito bancário em nome do amigo do interior paulista no valor de R$ 5 mil.

Ainda de acordo com informações apuradas pelo G1, Cupertino recebeu dinheiro e  um carro do amigo da capital, que é dono de uma pizzaria. O veículo teria sido usado para iniciar a fuga. 

Sobre o dia do crime, o amigo de Cupertino disse que se encontrou com o assassino por volta das 19h, horas após os assassinatos, na rodoviária de Sorocaba. Na cidade, o criminoso tomou banho, emprestou roupas do amigo, assim como uma mochila e um casaco.

Por volta das 21h daquele dia, o investigado pediu para ir na casa de uma mãe de santo em Águas de São Pedro. Na outra cidade, a mulher teria pedido para Paulo se entregar. No entanto, ele foi para outro município com o amigo, cerca de 200 quilômetros de onde estavam. A cidade não foi especificada no relato. Contudo, o outro conhecido não quis prestar ajuda e todos dormiram em um hotel.

Na manhã do dia 10, o homem afirmou que deixou Paulo na cidade. Já no dia 11 de junho, Cupertino pediu R$ 5 mil em dinheiro ao amigo dono da pizzaria. No dia seguinte (12), Paulo teria entrado em contato e disse que estava em Campinas (SP), onde foi até a rodoviária para comprar uma passagem para Ponta Porã, no Mato Grosso do Sul. 

Além do estado de São Paulo, Paulo Cupertino Matias é procurado no Rio de Janeiro, Minas Gerais, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Espírito Santo, Paraná, Goiás, Pará e Maranhão, além de outros países como Argentina e Paraguai, que fazem fronteira com o Brasil.

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