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ACUSAÇÃO GRAVE

Arthur Aguiar cometeu abuso psicológico no BBB 22? Entenda o gaslighting

REPRODUÇÃO/TV GLOBO

Arthur Aguiar em Jogo da Discórdia no BBB 22

Arthur Aguiar em Jogo da Discórdia no BBB 22: ator foi acusado de manipular colegas

IVES FERRO

ives@noticiasdatv.com

Publicado em 21/2/2022 - 6h30

Arthur Aguiar foi acusado de gaslighting pela psicanalista Manuela Xavier, após uma análise das atitudes dele no BBB 22, em uma publicação no Instagram de Jade Picon. A palavra originária do inglês dá nome a um tipo de manipulação e é utilizada para designar uma forma de abuso psicológico.

Maíra Cardi, mulher do ator, apontou o gaslighting como uma doença psíquica, mas a psicóloga Camila Brito Puertas explica ao Notícias da TV que o termo não é considerado uma patologia. Além disso, o código de ética da profissão proíbe que uma análise de Aguiar seja feita por ela, já que o famoso não é seu paciente.

"Os abusadores exibem personalidades muito diversas, tenham tido uma infância difícil ou não. Na realidade, o abuso emerge da formação cultural de um homem, dos modelos masculinos e da criação. Em outras palavras, é um problema de valores, não um problema psicológico", afirma.

A origem do termo em inglês "gaslighting" vem de uma peça que virou um filme chamado Gaslight (1944), lançado no Brasil como À Meia Luz. No longa, o marido manipula a mulher para fazer com que ela acredite que está louca --tudo para roubar as joias dela. Em uma das cenas, por exemplo, ela nota as luzes de casa piscando, mas o homem diz que isso nunca aconteceu.

"É uma prática sutil de abuso psicológico na qual o abusador distorce informações para lhe favorecer, fazendo com que a vítima duvide de si mesma ou da própria percepção sobre algo. Esse tipo de manipulação pode acontecer em várias relações: familiares, de amizade e até de trabalho, e o público mais afetado são as mulheres. O autor da violência tenta criar na vítima uma dúvida acerca da própria percepção, até de sua sanidade mental", alerta.

Como age um gaslighting?

Como as manipulações são sutis, as pessoas têm dificuldade para identificar. Na maioria das vezes, a vítima é acometida pelo esgotamento psicológico e a depressão, sendo incapaz de perceber a gravidade das atitudes do abusador.

Como saber se sou vítima?

A tarefa mais difícil e importante é reconhecer a sua condição como vítima, e não tentar justificar os maus-tratos. A pessoa que sofre abuso sente que há alguma justificativa para aquele comportamento abusivo, mas nunca existe. Com uma base de apoio, é importante começar a identificar as expressões que o agressor utiliza para intimidação e, com isso, colocar limites.

"Aos poucos, a vítima deve ampliar a distância emocional com o agressor. Não faça confidências e o deixe distante de aspectos privados da sua vida. Tão logo possível, busque ajuda profissional e consiga sempre o apoio de familiares e amigos para conseguir ficar afastada", indica Camila.

Quais as características dessa manipulação?

  • Mentiras, que levantam dúvidas na cabeça da vítima; negação da realidade por parte do manipulador. Tudo o que a vítima diz é tido como "loucura" ou "mal-entendido";
  • Chantagem emocional, ameaças que geram medo;
  • Incoerência nos comportamentos;
  • Palavras amáveis para confundir a vítima quando ela se sente vulnerável;
  • Exaustão mental, pois a vítima começa a acreditar que está louca;
  • Acusações descabidas, sem sentido e vitimização;
  • Constrangimento público e/ou privado;
  • Humilhação, quando o manipulador debocha da situação para desmoralizar.

Quais as causas?

Desde a infância, todos aprendem regras e são educados para conviver em sociedade, mas a trajetória que cada indivíduo traça ao longo da vida pode ser marcada por condutas agressivas, machistas, preconceituosas e abusivas. Isso gera um possível impacto no discernimento da realidade na fase adulta. O próprio abusador pode ter sofrido com o gaslighting antes de praticá-lo, porém com agravantes.

"A vítima de violência psicológica fica desorganizada psicologicamente, começa a perder a capacidade de julgar suas próprias percepções, e rapidamente tem a autoestima abalada e fica cada vez mais desconfiada de si. O desgaste contínuo provocado pelo agressor cria uma dependência emocional excessiva na vítima. Nesse ponto, a insegurança e a ansiedade aumentam a vulnerabilidade", assegura a especialista.


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