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FALTA DE DIVERSIDADE

Ausência de jurados negros no Carnaval do Rio de Janeiro revolta a web

REPRODUÇÃO/TV GLOBO

Internautas criticaram a ausência de jurados negros na apuração do Carnaval do Rio de Janeiro

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REDAÇÃO

redacao@noticiasdatv.com

Publicado em 14/2/2024 - 18h59

Telespectadores da Globo se revoltaram com a apuração dos desfiles das escolas de samba do Carnaval do Rio de Janeiro, realizada na tarde desta quarta (14). O motivo? A ausência quase total de jurados negros na avaliação das agremiações na Sapucaí.

A falta de pessoas pretas é um problema frequentemente apontado pelo público. Neste ano, a Liesa (Liga Independente das Escolas de Samba do Rio de Janeiro) contou com 36 jurados --em sua maioria, brancos.

Entre os profissionais negros, o público encontrou apenas Júlia Félix, do quesito harmonia, e Alessandro Ventura, de samba-enredo. "Ainda me choca não ter um jurado negro, e isso há anos", comentou uma internauta identificada como Ane, no X (antigo Twitter).

"Nenhum jurado negro para julgar uma festa que é de gente preta e feita por pretos. Um absurdo", opinou a usuária Mandy. "As escolas, na maioria das vezes, protestam ou exaltam o povo negro, e aí aparece um bando de jurado branco", escreveu um perfil nomeado como Maisa.

Júlio Guimarães, coordenador do corpo de júri da Liesa, já havia reagido às críticas sobre a pouca diversidade racial em 2023. Na ocasião, ele contou que não iria repensar a bancada de jurados da apuração. "Nenhum currículo vem com foto. Leio atentamente os currículos e faço entrevistas. É assim que funciona", disse, à revista Veja.

"Tive a honra de, quando entrei na Liga, ter Joel Rufino, importante no movimento negro brasileiro. Tive o doutor Sebastião Oliveira, pesquisador e cientista da Fiocruz, grande defensor da democracia, que lutou contra o regime militar. Aqui dentro tem todos os lados. Pode ser direita, esquerda, qualquer orientação sexual", completou.

A Viradouro foi a campeã do Grupo Especial do Carnaval do Rio de Janeiro de 2024. Com o enredo Arroboboi, Dangbé, a escola exaltou a força da mulher negra e abordou o culto às serpentes na tradição africana.

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