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JAMES BOND AMERICANO

Maior superprodução da Amazon, Jack Ryan conta história de herói de verdade

Divulgação/Amazon

O ator John Krasinski em cena de Jack Ryan: agente que fez sucesso no cinema chega às séries - Divulgação/Amazon

O ator John Krasinski em cena de Jack Ryan: agente que fez sucesso no cinema chega às séries

LUCIANO GUARALDO, de Nova York

luciano@noticiasdatv.com

Publicado em 30/8/2018 - 6h48

Maior superprodução da Amazon até o momento, a série Jack Ryan chega ao serviço Prime Video nesta sexta (31) como grande aposta da plataforma de streaming para 2018: cada episódio custou cerca de US$ 8 milhões (R$ 32,9 milhões). O agente da CIA, conhecido do público por estrelar cinco filmes, faz sua estreia na TV em uma produção que mostra seus primeiros passos na agência e sua transformação em um herói, uma versão norte-americana do britânico James Bond.

"Acho muito importante ter um protagonista de verdade, sem superpoderes, e não alguém que dispara raios pelos olhos, pelos mãos, até pelos bolsos", conta o ator John Krasinski, que interpreta Ryan, em uma sutil alfinetada à invasão de séries de super-heróis. "Nada contra eles, acho ótimo, mas é bom diversificar um pouco."

Krasinski foi uma escolha arriscada do produtor Carlton Cuse (de Lost e Bates Motel) para o papel principal. O ator de 38 anos ficou famoso nos Estados Unidos na pele do fofo vendedor de papel Jim da comédia The Office (2005-2013), e encará-lo como um astro de ação que enfrenta terroristas pode ser um desafio para os fãs.

No cinema, Jack Ryan foi vivido por nomes como Alec Baldwin (Caçada ao Outubro Vermelho, de 1990), Harrison Ford (Jogos Patrióticos, de 1992, e Perigo Real e Imediato, de 1994), Ben Affleck (A Soma de Todos os Medos, de 2002) e Chris Pine (Operação Sombra, de 2014), todos com heróis de ação no currículo. O próprio Krasinski recusou o convite inicial para o papel: ele não queria mais fazer TV.

Cuse e o cocriador Graham Roland, no entanto, insistiram no ator e acabaram o convencendo com a proposta de mostrar uma nova faceta do agente. É que o Jack Ryan da série ainda está no começo da carreira. "Nós queríamos fazer algo diferente dos filmes. Jack só está na CIA há quatro anos, trabalhando como analista, e acaba envolvido meio que por acaso nas missões de campo", explica Cuse.

"Ele é um peixe fora d'água, um sujeito que achou que passaria a vida inteira preenchendo planilhas e de repente se vê no meio da ação. Para ser bem sincero, o meu Jack Ryan é um grande nerd, não é o cara legal que você convidaria para tomar uma cerveja no bar depois do expediente", brinca Krasinski.

Fã dos livros e dos filmes estrelados por Jack Ryan, o ator sabe que sua tarefa não é fácil. "Eu gosto muito dos 72 atores que já fizeram o papel (risos)", exagera. "Ele é como a versão norte-americana de James Bond. E eu venho de uma família de militares, sei como é heroico você abdicar de sua vida para defender outras."

Como preparação para a série, parte da equipe e do elenco recebeu permissão para visitar a sede da CIA, no Estado da Virgínia. "Eu sou fissurado nessas coisas de espionagem, então curti muito. Mas tive a sensação de que estávamos sendo observados o tempo todo", diverte-se o ator.

"É curioso, porque eles têm uma loja do Starbucks lá, mas os atendentes são proibidos de perguntar o nome dos clientes para não comprometer a segurança dos agentes", completa Cuse.

Pelo mundo todo
As gravações de Jack Ryan fizeram o elenco passear por boa parte do mundo: eles rodaram cenas no Marrocos, Canadá, França e Estados Unidos. Para a segunda temporada, já confirmada, a equipe irá para a Colômbia. "Foi legal poder viajar o mundo. Isso não é algo que uma série de TV consegue fazer sempre, geralmente remontamos outros países no nosso estúdio mesmo", comemora Cuse.

As viagens justificam o investimento milionário na produção: o custo chega próximo ao do fenômeno Game of Thrones _cada episódio da sexta temporada do drama de fantasia custou US$ 10 milhões (R$ 41,2 milhões) aos cofres da HBO.

Jack Ryan é a primeira estreia do Prime Video a seguir uma nova diretriz do serviço de streaming: no lugar de produções aclamadas, mas com público restrito, a Amazon quer investir em superproduções arrasa-quarteirões, que tenham muita audiência e virem assunto nas rodinhas de conversa.

Em novembro do ano passado, por exemplo, a empresa anunciou o investimento de US$ 1 bilhão (R$ 4,12 bilhões) para transformar os livros da saga Senhor dos Anéis em uma série grandiosa, que assuma a lacuna deixada por Game of Thrones.


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