Dare Me
Divulgação/USA Network
As atrizes Marlo Kelly e Herizen Guardiola na primeira temporada de Não Provoque; drama teen foi cancelado
JOÃO DA PAZ
Publicado em 1/5/2020 - 12h36
Elogiada pela crítica norte-americana e sensação no Brasil, a série Não Provoque foi cancelada. A decisão do canal pago USA Network, que exibiu o drama adolescente nos Estados Unidos, ainda deixa chances para a trama ganhar uma continuação. Parceria de uma produtora do grupo NBCUniversal (a UCP) com a Netflix, que disponibilizou a atração para o mundo inteiro, Não Provoque será oferecida a outros canais.
Com pontos positivos a seu favor, por qual motivo a série foi cancelada? De acordo com o site The Hollywood Reporter, o USA Network vai mudar sua estratégia de programação. O foco agora será em reality shows, minisséries e eventos ao vivo.
Isso deixa em risco outras séries do canal que, coincidentemente, vão bem na Netflix brasileira, como as veteranas A Rainha do Sul (da brasileira Alice Braga) e The Sinner. Ambas as produções aguardam notícia acerca do futuro.
The Sinner encerrou recentemente a terceira temporada e A Rainha do Sul está no quinto ano e teve as gravações interrompidas devido à pandemia de coronavírus.
Bem avaliada por veículos como The New York Times e Rolling Stone, Não Provoque recebeu a nota 73 (de 100) no site Metacritic, que compila reviews da imprensa americana. Porém, no quesito audiência foi mal para os padrões do USA Network, com média de 400 mil telespectadores por episódio, a menor do canal.
Por enquanto, Não Provoque fica sem desfecho, pois a primeira temporada teve um final aberto. Baseada no livro Dare Me, o título da série em inglês, a trama parou na metade da obra, sobre líderes de torcida de uma escola do ensino médio envolvidas em uma morte misteriosa.
Não Provoque percorreu um caminho longo até chegar ao USA Network. Em 2013, um ano após o livro chegar às lojas, Dare Me ganhou um projeto de filme feito pela Fox, voltado ao público adolescente conservador, com cenas leves, sem muito sexo ou erotismo. Como o longa não saiu do papel, a HBO se interessou pela história, mas acabou perdendo o posto para Euphoria, de primeira série teen do canal premium.
Quem fez a adaptação vista na Netflix foi a produtora e roteirista Gina Fattore (Gilmore Girls, UnReal, Californication), que trabalhou em conjunto com Megan Abbott, a autora do livro. O curioso dessa história toda é que na carona dos elogios que Não Provoque recebeu, Gina assinou um contrato com a UCP (Universal Content Productions) para conceber outras séries para o conglomerado NBCUniversal.
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